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Exclusividade desagrada TVs concorrentes
DA REPORTAGEM LOCAL
O fato de Lula ter dado suas
duas primeiras entrevistas com
exclusividade à Globo desagradou as emissoras concorrentes.
"Está óbvio que Lula fez uma
opção preferencial pela Globo.
Desconheço as razões do privilégio concedido apenas a uma
rede", disse o jornalista Boris
Casoy, da Record, que fez ciclos
de entrevistas com os candidatos à Presidência e mediou o
debate no primeiro turno.
"Deve ser um reconhecimento ao "apoio" que a emissora
deu a Lula durante toda a sua
carreira política. Gosto não se
discute", ironizou o âncora do
"Jornal da Record" e do "Passando a Limpo".
"Pessoalmente, considero a
decisão de exclusividade um
erro grave do presidente eleito.
Nessas ocasiões, a expectativa é
que toda a imprensa deva ser
tratada igualmente", afirmou.
Fernando Mitre, diretor de
jornalismo da Band -que
também realizou debate e entrevistas com os presidenciáveis- concorda. "Não há dúvida de que uma entrevista coletiva seria adequada nessa situação. Entendo [a exclusividade" como equívoco de agenda."
MTV
O canal que mais teve dificuldades em receber os presidenciáveis em seus programas foi a
MTV -que, pela primeira vez,
decidiu investir nas eleições.
Convidou a todos, mas, no
primeiro turno, só conseguiu
levar Ciro Gomes ao "Gordo à
Go-Go" e, no segundo, José
Serra ao "Tome Conta do Brasil", criado para a cobertura
eleitoral. "Acredito que as pessoas ainda não tenham noção
da importância do voto dos jovens. Os políticos tiveram alguma resistência a aceitar nossos
convites, também, provavelmente, pela irreverência do canal. Mas esta eleição serviu para apresentarmos a eles e ao telespectador nossa maneira de
cobrir o assunto, com a linguagem do nosso público", diz a
diretora de programação Cris
Lobo.
(LM)
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