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Episódio é retratado em documentário
DA REPORTAGEM LOCAL
Boa parte dos personagens sinistros que aparecem no inquietante livro de Corrêa da Costa
estão no documentário "Oro Nazi
en Argentina". O título é chamativo. Mas o documentário vai além
de registrar a questão do dinheiro
nazista que teria ido à Argentina.
Muito mais grave do que o ouro
foi a chegada aos pampas da escória nazista. O "ouro" servia para
financiar essa fuga. O filme também mostra as relações incestuosas do populista Juan Perón com a
comunidade alemã na Argentina.
Para os acostumados a visitar a
estação de Bariloche, é curioso
perceber que a cidade era um antro para onde afluíram nazistas
criminosos de guerra. Como virou praxe nos documentários,
misturam-se imagens de arquivo
com cenas recriadas por atores.
Há o risco de se achar que as cenas sejam reflexo fiel da realidade.
Por exemplo, não existem provas
de que submarinos alemães tenham desembarcado caixas e caixas de ouro na Patagônia. Um
grande número de pesquisadores
foi entrevistado, tanto acadêmicos como o tipo semi-amador que
habita a fronteira entre a teoria
conspiratória e a pesquisa séria.
Infelizmente chegaram muitos
criminosos, gente como Adolf
Eichmann, envolvido no genocídio dos judeus e capturado na década de 60. Outros só foram desmascarados nos 90. E muitos viveram e morreram impunes na
acolhedora Argentina.
(RBN).
Oro Nazi en Argentina
Produção: Argentina, 2004
Direção: Rodolfo Pereyra
Quando: hoje, 19h30, Cinesesc
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