São Paulo, segunda-feira, 30 de outubro de 2006

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Pesquisadora avalia recepção da peça no país

DA REPORTAGEM LOCAL

"A Louca de Chaillot" chega em boa hora ao Brasil, escreve a pesquisadora Iná Camargo Costa no programa da peça. Vide as últimas (e velhas) crises no campo político.
Ela fala em revitalização da obra de Jean Giraudoux, filmada por Bryan Forbes em 1969, com Katharine Hepburn e Charles Boyer no elenco. Dá notícias de que o interesse recente pelo texto resultou até em remontagem de um musical adaptado nos EUA, em 2005, como já ocorrera nos anos 60.
Quanto ao atraso de seis décadas do Brasil à recepção de "A Louca de Chaillot", ela sonda a crítica dos anos 50. "Giraudoux, quando muito, seria um bom dramaturgo convencional [Décio de Almeida Prado] ou, pior, excessivamente literário, antiteatral, sem interesse pela cena concreta ou pelo tom direto e dado a misturar lirismo e ensaio [Ruggero Jacobbi]", afirma.
É principalmente o subtexto de "A Louca de Chaillot" que atrai Ruy Cortez, 31, co-diretor do espetáculo com Marcos Loureiro, 41. Na concepção, eles sublinham o valor da fantasia e a falta que ela faz à contemporaneidade. "O mundo perdeu a imaginação. Lógico que os avanços científicos são fundamentais, mas acho que agora temos que correr atrás de outros sentidos, das coisas que a gente perdeu", diz Cortez. (VS)


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