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Pesquisadora avalia recepção da peça no país
DA REPORTAGEM LOCAL
"A Louca de Chaillot"
chega em boa hora ao Brasil, escreve a pesquisadora
Iná Camargo Costa no
programa da peça. Vide as
últimas (e velhas) crises
no campo político.
Ela fala em revitalização
da obra de Jean Giraudoux, filmada por Bryan
Forbes em 1969, com Katharine Hepburn e Charles Boyer no elenco. Dá
notícias de que o interesse
recente pelo texto resultou até em remontagem de
um musical adaptado nos
EUA, em 2005, como já
ocorrera nos anos 60.
Quanto ao atraso de seis
décadas do Brasil à recepção de "A Louca de Chaillot", ela sonda a crítica
dos anos 50. "Giraudoux,
quando muito, seria um
bom dramaturgo convencional [Décio de Almeida
Prado] ou, pior, excessivamente literário, antiteatral, sem interesse pela cena concreta ou pelo tom
direto e dado a misturar lirismo e ensaio [Ruggero
Jacobbi]", afirma.
É principalmente o subtexto de "A Louca de Chaillot" que atrai Ruy Cortez,
31, co-diretor do espetáculo com Marcos Loureiro,
41. Na concepção, eles sublinham o valor da fantasia e a falta que ela faz à
contemporaneidade. "O
mundo perdeu a imaginação. Lógico que os avanços
científicos são fundamentais, mas acho que agora
temos que correr atrás de
outros sentidos, das coisas
que a gente perdeu", diz
Cortez.
(VS)
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