São Paulo, segunda-feira, 30 de outubro de 2006

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Crítica

Filme futurista se aproxima dos velhos faroestes

INÁCIO ARAUJO
CRÍTICO DA FOLHA

Uma transferência de prisioneiro é questão central de "Fantasmas de Marte" (Universal Channel, 1h), ficção científica em que já se detectaram semelhanças com o faroeste "Rio Bravo - Onde Começa o Inferno", de Howard Hawks.
À parte o faroeste remeter ao passado e a ficção científica ao futuro, temos aí dois gêneros próximos, ambos construídos em torno da ocupação de espaços. No filme de John Carpenter trata-se de Marte, portanto daquela paisagem de uma aridez que poucos faroestes aspiraram representar. E estamos no ano dois mil cento e cacetada, quando, a rigor, qualquer coisa é viável.
Mas o mal-estar presente em cena nada tem de um futuro incerto. É do presente que se trata. E da ficção científica, Carpenter evolui -após agitar quase todos os gêneros cinematográficos existentes- para o terror.
Alguns continuam pensando no século 22 ou 23. Mas o seu terror é mesmo do presente.


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