FABIO CYPRIANO
ENVIADO ESPECIAL AO RIO

O Museu de Arte Moderna do Rio de Janeiro (MAM-RJ) anunciou ontem a realização da primeira Mostra Rioarte Contemporânea, uma nova versão do Salão Carioca voltado às artes plásticas, extinto em 1997. O evento é uma parceria com a Prefeitura do Rio de Janeiro, que tem sido criticada por estimular a construção de um Museu Guggenheim na cidade.
"O modelo de salão não está ultrapassado, como testemunham as bem-sucedidas edições do Salão da Bahia", afirmou Claudia Saldanha, coordenadora-geral do evento.
A partir do próximo dia 3, estão abertas as inscrições para a mostra, que irá distribuir R$ 80 mil em prêmios: R$ 1.000 para cada um dos 30 selecionados e R$ 10 mil para cada um dos cinco premiados. A data-limite para as inscrições, que podem ser realizadas pelo site www.rioartecontempo ranea.com.br, é 18 de janeiro de 2002. A exposição das obras selecionadas entra em cartaz em abril de 2002 e vai durar dois meses.
Além da mostra competitiva, duas exposições paralelas serão realizadas: "Violência e Paixão", com 20 obras de artistas brasileiros e curadoria de Ligia Canongia, e "Hélio Oiticica: Obra e Estratégia", com curadoria de Luciano Figueiredo. Segundo Fernando Cocchiarale, curador do MAM, as exposições são o diferencial em relação a outros salões brasileiros. "Em "Violência e Paixão", vamos tratar de um tema pouco explorado, que é o expressionismo na arte brasileira." Os artistas são Iberê Camargo, Ivan Serpa, Tunga, Jorge Guinle, Nuno Ramos, Karin Lambrecht e Miguel Rio Branco.