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FILMES
Vivendo um Conto de Fadas
Globo, 15h45. ![](http://www1.folha.uol.com.br/fsp/images/ep.gif)
(If the Shoe Fits). EUA, 1990. Direção:
Tom Clegg. Com Rob Lowe, Jennifer
Grey. Grey é a garota que desenha
sapatos para um estilista e sonha ter suas
criações reconhecidas no mundo da
moda. Não só, quer também um certo
"reconhecimento" do chefe, nesta
versão moderna de Cinderela que conta
com o canastra (e decadente) Rob Lowe
como o príncipe encantado. O humor
segura bem as pontas.
Pior É Impossível
SBT, 22h30. ![](http://www1.folha.uol.com.br/fsp/images/ep.gif)
(Double Take). EUA, 2001, 88 min.
Direção: George Gallo. Com Eddie Griffin,
Orlando Jones. Gerente de banco
interfere em transação suspeita e passa a
ser perseguido por organização
criminosa. Comédia de ação.
Intercine
Globo, 1h25.
O espectador tem como opções desta
terça a comédia "1941 - Um Guerra Muito
Louca" (1979, de Steven Spielberg, com
Dan Aykroyd, John Belushi) e o drama
"Cassino" (1995, de Martin Scorsese, com
Robert de Niro, Sharon Stone).
Annie
SBT, 2h40. ![](http://www1.folha.uol.com.br/fsp/images/ep.gif)
EUA, 1999, 90 min. Direção: Rob
Marshall. Com Kathy Bates, Alan
Cumming. Musical para TV que adapta
peça da Broadway e tem direção de
Marshall, que ganharia o Oscar com o
tolo "Chicago". Annie é a garota rebelde
que vive em um orfanato e um belo dia
recebe convite para passar duas
semanas com um milionário. Somente
para São Paulo.
A Volta da Montanha
Enfeitiçada
SBT, 4h15. ![](http://www1.folha.uol.com.br/fsp/images/ep.gif)
(Return from Witch Mountain). EUA,
1978, 90 min. Direção: John Hough. Com
Christopher Lee, Bette Davis, Ike
Eisenmann. Irmãos extraterrestres
capturam garoto com fantástico poder
mental, a fim de usá-lo em favor de seus
próprios objetivos. Lee e Bette Davis
seguram a onde, em filme da Disney fora
de horário. Somente para São Paulo.
(PAULO SANTOS LIMA)
Retrato do pesadelo urbano
PAULO SANTOS LIMA
FREE-LANCE PARA A FOLHA
"Por um Fio" (Telecine
Premium, 19h05) começa
com uma câmera na rua
que filma Colin Farrell falando ao celular, em Nova
York, calçadas apinhadas
de gente. Há um frescor
nesse trânsito humano que
remete à idéia de país da liberdade, triunfo democrático que permite às pessoas
gozarem a vida pelas ruas.
Uma balela, claro, e o filme logo desmantela esse
centro de lazer quando o rapaz troca o celular pela cabine telefônica. Ele fica à
mercê de um psicopata que
o tem na mira. Como um
deus, ele quer colocá-lo à
prova. Arrogante, este azarado será outro após o cárcere? Pois esse franco-atirador louco (e há tantos em
Nova York, a começar pelas
câmeras escondidas) esclarece que a democracia americana é pura retórica, e estamos, mesmo, é num país
sitiado e assombroso.
DOCUMENTÁRIO
Filme retrata miséria dos poetas do cordel
LUCIANA ARAUJO
DA REDAÇÃO
Gente simples, praças, feiras,
viola, pandeiro, rabeca. "Nordeste: Cordel, Repente e Canção"
(1975), de Tânia Quaresma, com
trilha sonora de Zé Ramalho, exibido no Canal Brasil, registra por
meio de personagens, cenários e
música cenas que colocam lado a
lado a riqueza e a miséria que envolvem algumas das mais tradicionais manifestações populares.
Filmado no interior da Paraíba e
de Pernambuco, o documentário
conta a trajetória da "poesia matuta", mais tarde chamada também de literatura de cordel. Manifestação assim batizada pelo fato
de os folhetos onde são impressas
as poesias ficarem pendurados
em barbante (cordão) nas feiras.
Nas vozes dos artistas, ouvimos
os "causos" das origens dessa arte
com o poeta paraibano Leandro
Gomes de Barros (1865-1918),
passando pelo modo como são
impressos os folhetos -montagem das letras que formam os
versos em chapas de ferro, o entalhe da xilogravura-, pela figura
do construtor dos instrumentos,
pelos mitos, desafios e provérbios
presentes nas canções e repentes,
até sua divulgação e venda em rádios e espaços públicos.
A certa altura, para quem já ouviu o disco "O Dia em que Faremos Contato" (97), de Lenine, fica
a sensação de "já ouvi isso antes".
Está ali, só que "com imagens", a
participação da dupla de emboladores Castanha e Caju, ainda meninos, que aparece em "A Ponte",
faixa de abertura do álbum.
A beleza das falas desses homens e mulheres que escrevem e
cantam histórias de príncipes e
princesas, dos reinos de Deus e do
Diabo, não deixa de se chocar
com a pobreza em que vivem. Um
do entrevistados diz que em suas
composições seus parentes são
sempre duques e duquesas, ao
mesmo tempo em que a câmera
foca a casa humilde cheia de
crianças. Para ele, cordel é cordão,
no qual o poeta vem "se enforcando, passando misérias".
NORDESTE: CORDEL, REPENTE E
CANÇÃO. Quando: hoje, às 23h39,
amanhã, às 14h, e no dia 5, às 16h30, no
Canal Brasil.
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