São Paulo, terça-feira, 30 de novembro de 2010

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Circuito popular é alternativa para novos cineastas

DA ENVIADA A BRASÍLIA

Na noite de hoje, algum -ou alguns- desses jovens diretores deixarão Brasília com um troféu debaixo do braço. Mas será que os filmes garimpados pelo festival chegarão de fato ao público?
"É um problema que as novas geração têm que encarar", diz Eryk Rocha. "Caso contrário, vamos continuar vindo para festival, tomando champanhe e ganhando prêmio sem sermos vistos."
Por mais que sejam absolutamente autorais, alguns dos filmes apresentados, "Transeunte" incluído, trazem, de fato, um desejo de comunicação com o público. Ao mesmo tempo, é impossível imaginá-los num multiplex de shopping.
"Se continuarmos brigando por espaço nesse mercado, não vamos encontrar nada além de um campo minado", diz Rocha, o único dos diretores que tenta, na entrevista, apresentar alguma saída para esse nó. Ele defende o que chama de "redefinição do espaço social do cinema".
Isso significaria criar um circuito popular digital. "A tecnologia tem que permitir a inovação também na distribuição", diz. "Eu não consigo estrear em duas salas e ficar em casa esperando os resultados. Vou para cineclubes, centros, lonas culturais e até paredes improvisadas."
Sérgio Borges cita o documentário "Terra Deu, Terra Come" como exemplo das possibilidades desse circuito que, para a contagem oficial da bilheteria, é invisível.
"O filme foi mandado, em DVD, para cineclubes do interior e já foi visto por 8.000 pessoas em cem cineclubes. Vai para mais 600." (APS)


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