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Circuito popular é alternativa para novos cineastas
DA ENVIADA A BRASÍLIA
Na noite de hoje, algum
-ou alguns- desses jovens
diretores deixarão Brasília
com um troféu debaixo do
braço. Mas será que os filmes
garimpados pelo festival
chegarão de fato ao público?
"É um problema que as novas geração têm que encarar", diz Eryk Rocha. "Caso
contrário, vamos continuar
vindo para festival, tomando
champanhe e ganhando prêmio sem sermos vistos."
Por mais que sejam absolutamente autorais, alguns
dos filmes apresentados,
"Transeunte" incluído, trazem, de fato, um desejo de
comunicação com o público.
Ao mesmo tempo, é impossível imaginá-los num multiplex de shopping.
"Se continuarmos brigando por espaço nesse mercado, não vamos encontrar nada além de um campo minado", diz Rocha, o único dos
diretores que tenta, na entrevista, apresentar alguma saída para esse nó. Ele defende
o que chama de "redefinição
do espaço social do cinema".
Isso significaria criar um
circuito popular digital. "A
tecnologia tem que permitir a
inovação também na distribuição", diz. "Eu não consigo estrear em duas salas e ficar em casa esperando os resultados. Vou para cineclubes, centros, lonas culturais
e até paredes improvisadas."
Sérgio Borges cita o documentário "Terra Deu, Terra
Come" como exemplo das
possibilidades desse circuito
que, para a contagem oficial
da bilheteria, é invisível.
"O filme foi mandado, em
DVD, para cineclubes do interior e já foi visto por 8.000
pessoas em cem cineclubes.
Vai para mais 600."
(APS)
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