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Maccioni faz história do Le Cirque
COLUNISTA DA FOLHA
Não é porque o Le Cirque de
Nova York está fechado que seu
proprietário, Sirio Maccioni, está
inativo. Ele e seus três filhos estão
a mil, tocando o outro endereço
da casa nos Estados Unidos (Las
Vegas) e o da cidade do México.
Sem falar na Osteria del Circo, em
Nova York e em Las Vegas.
Nenhum tem a mítica do Le Cirque matriz, que, por sua vez, de
certa forma, a herdou do restaurante The Colony, onde Maccioni
iniciou sua carreira de maître em
março de 1958.
Ele conta que, em seu primeiro
dia de trabalho, atendeu aos telefonemas de reserva. Frank Sinatra
pediu um almoço para três, em
sua mesa de sempre. Aristóteles
Onassis, o duque e a duquesa de
Windsor e Truman Capote também fizeram suas reservas para
aquele almoço, cada um pedindo
sua mesa habitual. Quando, às
11h, chegou o proprietário do restaurante, e Maccioni perguntou
qual era a mesa de cada um, descobriu que todos eles eram "donos" da mesma mesa.
Era com esse tipo de celebridades -e de problemas- que o
restaurateur italiano passaria a
conviver dali em diante, especialmente a partir da abertura de seu
próprio restaurante, o Le Cirque,
no hotel Mayfair, em 1974. Suas
características têm sido a extrema
habilidade no trato com a clientela e a liberdade que confere a seus
chefs de cozinha, fazendo dele um
completo restaurateur (aquele
que, mesmo sem ser um chef, tem
o talento de dirigir um restaurante). Não por acaso o Le Cirque
tem sido o endereço de grandes
chefs, alguns dos quais (como Daniel Boulud) de lá saíram para
carreiras meteóricas em seus próprios negócios.
Em 1995, o sultão de Brunei, que
comprara o Palace Hotel em Nova
York, o convidou para transferir-se para lá. Nascia então o Le Cirque 2000 -fechado no final de
2004 para dar lugar, no final deste
ano, ao novo Le Cirque.
(JM)
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