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Filme é feito
de arquivo
CECÍLIA SAYAD
da Redação
Em 1897, uma expedição
liderada pelo sueco August
Andrée partiu rumo ao Pólo Norte para uma série de
pesquisas de cunho geográfico. Seu meio de transporte: um balão.
O documentário "Sonho
Gelado", exibido hoje pelo
festival É Tudo Verdade
(veja programação nesta
página), reconstitui essa
viagem com imagens de arquivo e fotografias.
A narrativa do documentário é feita por meio das
cartas enviadas pelos membros da expedição, o que
cria uma espécie de ação
dramática que passa do
som para a imagem. São as
vozes dos narradores que
lêem as cartas dos personagens que dão vida ao material visual do filme.
Trata-se, então, de um filme cujo movimento reside
mais no som do que na
imagem. A câmera mostra
os instrumentos utilizados
pelos exploradores ou fotografias dos mesmos, enquanto a ação propriamente dita é sugerida ao espectador por meio da sonoplastia (como o ranger das
cordas do balão).
O mérito da direção reside na reconstituição para o
cinema de um evento que
deixou poucos registros em
forma de imagens filmadas
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