São Paulo, terça, 31 de março de 1998

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Filme é feito de arquivo

CECÍLIA SAYAD
da Redação

Em 1897, uma expedição liderada pelo sueco August Andrée partiu rumo ao Pólo Norte para uma série de pesquisas de cunho geográfico. Seu meio de transporte: um balão.
O documentário "Sonho Gelado", exibido hoje pelo festival É Tudo Verdade (veja programação nesta página), reconstitui essa viagem com imagens de arquivo e fotografias.
A narrativa do documentário é feita por meio das cartas enviadas pelos membros da expedição, o que cria uma espécie de ação dramática que passa do som para a imagem. São as vozes dos narradores que lêem as cartas dos personagens que dão vida ao material visual do filme.
Trata-se, então, de um filme cujo movimento reside mais no som do que na imagem. A câmera mostra os instrumentos utilizados pelos exploradores ou fotografias dos mesmos, enquanto a ação propriamente dita é sugerida ao espectador por meio da sonoplastia (como o ranger das cordas do balão).
O mérito da direção reside na reconstituição para o cinema de um evento que deixou poucos registros em forma de imagens filmadas



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