São Paulo, quarta-feira, 31 de maio de 2000


Envie esta notícia por e-mail para
assinantes do UOL ou da Folha
Texto Anterior | Próximo Texto | Índice

MÚSICA ERUDITA
Oppitz, Ortiz e Beroff se apresentam
Osesp traz excelência pianística para tocar Prokofiev e Beethoven

DA REPORTAGEM LOCAL

A programação de junho da Osesp (Orquestra Sinfônica do Estado de São Paulo) já mereceria ser recomendada apenas pelos três concertos que trarão excelentes solistas ao piano.
Um deles é o do alemão Gerhard Oppitz, que interpreta amanhã e sábado o "Concerto nº 3" de Beethoven.
Outro é o que será dado pela brasileira radicada no Reino Unido Cristina Ortiz, que nos dias 15 e 17 fará o "Concerto nº 2" de Villa-Lobos.
E, nos dias 22 e 24, apresenta-se o pianista mais conhecido internacionalmente dos três, o francês Michel Beroff, solista do "Concerto nº 5" do pianista e compositor russo Serguei Prokofiev (1891-1953).
A Osesp fará quatro concertos este mês na Sala São Paulo, onde excepcionalmente não se apresentará nos dias 8 (quinta) e 10 (sábado).
Nessa semana, na sexta, dia 9, estará em Ribeirão Preto, em concerto com ingresso gratuito no teatro D. Pedro 2º.
Quanto aos pianistas, Oppitz foi discípulo de Wilheim Kempff e está entre os grandes beethovenianos de sua geração.
Cristina Ortiz, que iniciou nos anos 70 sua bem-sucedida carreira no exterior, já foi regida por Neeme Jarvi e Mariss Jansons e é uma divulgadora do repertório brasileiro.
Michel Beroff é um especialista no repertório contemporâneo, como o das peças de Olivier Messiaen.
Ele tem gravado música de câmara e está preparando uma versão integral das peças para piano de Claude Debussy.
Dois dos concertos serão regidos por Roberto Minczuk, diretor artístico adjunto da orquestra. O último do mês terá como maestro o diretor John Neschling.
Estão programados também concertos com dois regentes estrangeiros.
Um deles é com o eslovaco Peter Feranec, que aos 36 anos tem no currículo o status de principal maestro convidado da Filarmônica de São Petesburgo.
O outro será com o japonês Eiji Oue, atual diretor da Orquestra Sinfônica de Minnesota.
A Osesp também dá prosseguimento ao projeto Criadores do Brasil, que, como parte dos 500 anos do Descobrimento, procura dar ênfase ao repertório sinfônico ou de concerto nacional.
São o caso de "In Memorian", de autoria de Marlos Nobre, na récita de amanhã, e do Villa-Lobos que Cristina Ortiz interpretará ao piano, sob a regência de Feranec.
Quanto ao repertório a ser interpretado em junho, nenhum grande susto.
Prevaleceu a escolha de compositores que, mesmo de difícil interpretação, transportam uma estética bastante familiar para os frequentadores de salas de concerto.
São os casos de Mendelssohn, Beethoven, Richard Strauss, Prokofiev, Rachmaninov e Sibelius.
(JOÃO BATISTA NATALI)


Texto Anterior: Exposição: "Jornal de Resenhas" ganha retrospectiva
Próximo Texto: Cinema: Festival celebra meio ambiente
Índice


Copyright Empresa Folha da Manhã S/A. Todos os direitos reservados. É proibida a reprodução do conteúdo desta página em qualquer meio de comunicação, eletrônico ou impresso, sem autorização escrita da Agência Folha.