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MÚSICA ERUDITA
Oppitz, Ortiz e Beroff se apresentam
Osesp traz excelência pianística para tocar Prokofiev e Beethoven
DA REPORTAGEM LOCAL
A programação de junho da
Osesp (Orquestra Sinfônica do
Estado de São Paulo) já mereceria
ser recomendada apenas pelos
três concertos que trarão excelentes solistas ao piano.
Um deles é o do alemão Gerhard Oppitz, que interpreta amanhã e sábado o "Concerto nº 3" de
Beethoven.
Outro é o que será dado pela
brasileira radicada no Reino Unido Cristina Ortiz, que nos dias 15
e 17 fará o "Concerto nº 2" de Villa-Lobos.
E, nos dias 22 e 24, apresenta-se
o pianista mais conhecido internacionalmente dos três, o francês
Michel Beroff, solista do "Concerto nº 5" do pianista e compositor
russo Serguei Prokofiev (1891-1953).
A Osesp fará quatro concertos
este mês na Sala São Paulo, onde
excepcionalmente não se apresentará nos dias 8 (quinta) e 10
(sábado).
Nessa semana, na sexta, dia 9,
estará em Ribeirão Preto, em concerto com ingresso gratuito no
teatro D. Pedro 2º.
Quanto aos pianistas, Oppitz foi
discípulo de Wilheim Kempff e
está entre os grandes beethovenianos de sua geração.
Cristina Ortiz, que iniciou nos
anos 70 sua bem-sucedida carreira no exterior, já foi regida por
Neeme Jarvi e Mariss Jansons e é
uma divulgadora do repertório
brasileiro.
Michel Beroff é um especialista
no repertório contemporâneo,
como o das peças de Olivier Messiaen.
Ele tem gravado música de câmara e está preparando uma versão integral das peças para piano
de Claude Debussy.
Dois dos concertos serão regidos por Roberto Minczuk, diretor
artístico adjunto da orquestra. O
último do mês terá como maestro
o diretor John Neschling.
Estão programados também
concertos com dois regentes estrangeiros.
Um deles é com o eslovaco Peter
Feranec, que aos 36 anos tem no
currículo o status de principal
maestro convidado da Filarmônica de São Petesburgo.
O outro será com o japonês Eiji
Oue, atual diretor da Orquestra
Sinfônica de Minnesota.
A Osesp também dá prosseguimento ao projeto Criadores do
Brasil, que, como parte dos 500
anos do Descobrimento, procura
dar ênfase ao repertório sinfônico
ou de concerto nacional.
São o caso de "In Memorian",
de autoria de Marlos Nobre, na
récita de amanhã, e do Villa-Lobos que Cristina Ortiz interpretará ao piano, sob a regência de Feranec.
Quanto ao repertório a ser interpretado em junho, nenhum
grande susto.
Prevaleceu a escolha de compositores que, mesmo de difícil interpretação, transportam uma estética bastante familiar para os
frequentadores de salas de concerto.
São os casos de Mendelssohn,
Beethoven, Richard Strauss, Prokofiev, Rachmaninov e Sibelius.
(JOÃO BATISTA NATALI)
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