LÉO GERCHMANN
DA AGÊNCIA FOLHA, EM PORTO ALEGRE

Mesmo que o Sul do país não tenha sido incluído nas medidas de racionamento energético adotadas pelo governo federal, os organizadores da 3ª Bienal de Artes Visuais do Mercosul, a se realizar em Porto Alegre, aderiram à campanha.
Ao anunciar 116 dos artistas plásticos participantes, na noite de anteontem, a organização do evento definiu, também, a antecipação em uma hora para o encerramento das mostras e um acordo com a Faders (Fundação de Atendimento ao Deficiente e ao Superdotado do RS) para possibilitar o acesso a excepcionais na edição deste ano e, também, nas dos próximos anos.
O evento, que ocorrerá no segundo semestre (de 12 de outubro a 16 de dezembro) se antecipa às eventualidades, pois o governo federal estuda a possibilidade de incluir Rio Grande do Sul, Santa Catarina e Paraná no racionamento, o que poderá ocorrer depois de julho.
Será um total de 150 artistas (mais 30, portanto, poderão ainda ser confirmados), com 450 obras de 14 estados brasileiros e os seguintes países, além do Brasil: Argentina, Uruguai, Paraguai, Bolívia, Chile e Peru (que é convidado especial). O horário, tradicionalmente das 10h às 22h, será neste ano, por força do racionamento, das 10h às 21h.
O Brasil tem 61 participantes, a Argentina tem 10, o Uruguai tem 11, o Paraguai tem 10, o Chile, 9, a Bolívia, 8, e o Peru tem 7.

Locais e seminários
O evento ocorrerá em locais diferentes: o Centro Cultural Santander (Praça da Alfândega), o Hospital Psiquiátrico São Pedro (na avenida Bento Gonçalves), o parque Maurício Sirotsky Sobrinho (ao lado do Teatro Pôr-do-Sol) e o Margs (Museu de Artes do RS, também na Praça da Alfândega).
O curador-geral é Fábio Magalhães e a curadora-adjunta é Leonor Amarante. Os curadores de outros países são Jorge Glusberg (Argentina), Pedro Querejazu (Bolívia), Justo Pastor Mellado (Chile), Tício Escobar (Paraguai), Gustavo Buntinx (Peru) e Angel Kalenberg (Uruguai). Haverá dois seminários: um com artistas plásticos discutindo questões da arte contemporânea e, outro, de crítica de arte abordando a contemporaneidade da pintura.
Entre outros artistas brasileiros, participam do evento Félix Bressan (que já participou duas vezes), Giorgio Ronna, Marlene Bergamo, Jailton Moreira e Karen Lambrecht.
No seu terceiro ano, a Bienal do Mercosul se tornou uma referência nas artes plásticas da região.
Brasil, Argentina, Paraguai e Uruguai participam como membros fundadores do Mercosul. Bolívia e Chile são países que costumam participar das reuniões do bloco econômico, mas não têm direito a voto nas deliberações. O Peru, convidado na bienal deste ano, não é integrante do Mercosul.

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