São Paulo, sexta-feira, 31 de maio de 2002

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REPERCUSSÃO

DONA ZICA, 89, integrante da Velha Guarda da Mangueira: "O Brasil todo vai chorar a morte dele, um grande ator, compositor e poeta e um grande amigo também. É uma grande perda para a música popular brasileira. A gente vem ao mundo para fazer as coisas boas e depois ir embora e deixar saudade."

FERREIRA GULLAR, 72, escritor: "Ele teve um papel muito importante durante todos estes anos, como compositor, homem de teatro, de televisão e político, não no sentido da carreira, mas como exemplo de cidadania -um dos exemplos mais claros do que deve ser um cidadão, no sentido pleno da palavra."

NELSON SARGENTO, 77, compositor: "Tudo que ele fez, fez bem: teatro, cinema, literatura, música. E tudo feito com amor, carinho, simplicidade e honestidade, que era a grande marca dele."

LEANDRO KONDER, 67, filósofo: "Ele era uma pessoa extraordinariamente generosa, além de autor de uma obra muito rica, um bom memorialista. Tinha um estilo mais brincalhão, um lado boêmio também muito importante. Foi simpática a atitude da família dele de tê-lo levado para casa, pois no hospital ele tinha assistência médica, mas nenhum apoio sentimental."

DONA IVONE LARA, 80, sambista: "A perda é irreparável, tanto para a música quanto para a poesia, a literatura, a televisão. Vai deixar muita saudade."

WALMOR CHAGAS, 71, ator: "Era uma figura emblemática da televisão e do teatro. Quanto à música, "Amélia" basta para dizer o quão importante ele foi. Trabalhamos juntos uma vez, em "O Pagador de Promessas", da Globo."

LAURO CÉSAR MUNIZ, 64, autor de telenovelas: "Ele foi um grande exemplo. Como ator, como sambista, como escritor e amigo. O que me encantava nele era sua postura ética, que veio da militância política. Ele era um comunista convicto."

JAMELÃO, 89, sambista: "É como sempre se diz: uma perda irreparável. Quem é que vai cobrir um trabalho desses?"

NICETE BRUNO, 67, atriz: "Ele viveu de forma esplendorosa, com sabedoria, e deixou muitas realizações profissionais."

WALTER ALFAIATE, 70, sambista: "No pouco tempo em que convivi com ele, durante seis ou sete anos, Lago me ensinou muito. Ele me incentivou muito a investir na carreira de cantor. Eu era fã dele e ele era meu fã."

ÉLTON MEDEIROS, 72, músico: "Conhecer Mário Lago foi uma grande emoção. Ser seu parceiro foi outra -fizemos uma música que ficamos de modificar e que não chegou a ser gravada. Estou em casa, meio estático, sem coragem de ligar para a família dele."



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