São Paulo, terça-feira, 31 de julho de 2001

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CRÍTICA

Renasce o mito de Baderna

FREE-LANCE PARA A FOLHA

Marietta Baderna nasceu em Piacenza, Itália, em 1828 e foi aluna do mestre e coreógrafo Carlo Blasis. Prodígio, estreou aos 12 anos em sua cidade natal para, em seguida, ser figura indispensável na companhia de dança do teatro Scala de Milão.
No auge do sucesso na Europa, a bailarina obedeceu à ordem da diretiva revolucionária de não participar da vida artística dos teatros enquanto a Itália estivesse sob domínio austríaco. Seu pai, o médico Antonio Baderna, foi seu incentivador, em uma época em que ser bailarina era o mesmo que escolher ser prostituta.
No livro, a passagem de Baderna pelo Rio de Janeiro é relatada com minúcia, inclusive com intrigas vividas entre ela e as cantoras de ópera, diretores e atores.
Corvisieri não mede a quantidade de adjetivos para descrever a bailarina e se revela um verdadeiro apaixonado por sua história.
O cenário artístico serve de pano de fundo para falar da vida de Baderna e da esfera política e cultural do Rio nos anos 50 e 60.
A obra está longe de ser só sobre dança, mas comprova o quanto o poder de uma intérprete pode trazer novos fãs a admirar essa arte. Sem o vigor e a expressividade de Baderna, a platéia jamais estaria repleta de fãs que se estapeavam por um melhor ângulo para admirá-la entre saltos e piruetas. (KATIA CALSAVARA)


Maria Baderna - A Bailarina de Dois Mundos
   
Autor: Silverio Corvisieri
Editora: Record
Quanto: R$ 28 (234 págs.)




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