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A peça "A Gaivota" foi escrita por Anton Tchecov em 1895, mas só em 1898 ganhou notoriedade -quando chegou ao palco do legendário Teatro de Arte de Moscou, sob a direção de Konstantin Stanislávski.
Há cem anos, esta montagem reuniu aqueles que viriam a se tornar os dois mestres das principais vertentes do teatro moderno: de um lado Stanislávski, o pai do naturalismo, de outro, Meyerhold, criador do teatro construtivista -que viveu o personagem o personagem Trepliov.
"O próprio texto de Tchecov fala da renovação de uma estética teatral. Ele introduz uma série de ambições artísticas, as mais legítimas de modernidade, de explosão de formas e assinatura poética", diz Fernanda Montenegro.
Para dar uma interpretação mais realista, como pediam os personagens de Tchecov em "A Gaivota", Stanislávski criou uma nova forma de explorar a emoção de seus atores, usando suas memórias afetivas e seus gestos cotidianos.
O método de Stanislávski virou uma escola e passou a influenciar não só o teatro, mas também o cinema.



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