do "El País" e

das agências internacionais

É a primeira grande biblioteca espanhola aberta com um clique de mouse: a Biblioteca Virtual Miguel de Cervantes, inaugurada esta semana na Universidade de Alicante, na Espanha, possui 2.000 obras clássicas em espanhol que qualquer pessoa com acesso a Internet pode utilizar.
Desde a última terça, é possível se conectar à nova biblioteca teclando no computador cervantesvirtual.com e consultar ou copiar obras de 400 autores que percorrem a história da literatura hispânica desde o período clássico até princípios deste século.
Estão lá Miguel de Cervantes, Quevedo e Lope de Vega, entre os espanhóis, e uma nutrida representação de latino-americanos: entre outros, o libertador José Martí, autores da etapa colonial, como sóror Juana Inés de la Cruz, e das novas repúblicas, como Rubén Darío e Mario Benedetti.
Os textos dos cronistas das grandes navegações também podem ser acessados, do conquistador Hernan Cortés até Américo Vespúcio e Cristóvão Colombo.
O reitor da Universidade de Alicante, Andrés Pedreño, autor da idéia de criar a biblioteca virtual, já está fazendo acordos com 120 universidades espanholas e estrangeiras para agilizar o acesso aos fundos disponíveis, estabelecer programas de pesquisa conjuntos e a publicação de trabalhos recentes.
Pedreño qualificou o projeto como "ambicioso", já que "supera os similares em língua inglesa e francesa" e possibilita que "um hispanista dos EUA, estudantes de um colégio chileno ou moradores de uma aldeia nos pampas argentinos possam ler "Dom Quixote'".
A diretora do projeto, Paloma Taltavull, explicou que cerca de cem pessoas trabalharam na criação da biblioteca virtual durante um ano. Uma equipe necessária, segundo ela, para idealizar tecnicamente a página e suas fórmulas de acesso, criar as fichas bibliográficas e revisar tudo, garantindo a qualidade dos textos.


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