São Paulo, Sábado, 31 de Julho de 1999
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"THE BLAIR WITCH PROJECT"
Terror chega ao Brasil em setembro

ALEXANDRE MARON
da Reportagem Local

"The Blair Witch Project", o filme de terror mais badalado pelos críticos norte-americanos nesta temporada de verão, deve chegar ao Brasil em setembro deste ano. A Europa Filmes distribuirá o filme por aqui.
Os cariocas poderão vê-lo antes, na 11ª Mostra Rio, que acontece na segunda quinzena de setembro. Com as costumeiras poucas sessões para cada filme neste tipo de festival, já se pode esperar filas, muitas filas.
A Europa ainda não decidiu que nome dará ao filme, em português. Uma das possibilidades já discutidas é "Floresta das Bruxas".
"Blair Witch" é um documentário fictício que reúne as imagens que sobraram da tentativa de três jovens de investigar a história de uma bruxa. Em sua busca, o trio entra nas florestas que ficam nos arredores de uma pequena cidade dos EUA e se perde, vivendo situações de terror que são mostradas em câmera subjetiva.
Nas sessões apresentadas no último Sundance Festival, neste ano, diversas pessoas que viram o filme sem saber que era uma obra de ficção saíram assustadas do cinema.
Nos EUA, todas as sessões lotaram na primeira semana de exibição do filme. Mesmo exibido em apenas 30 telas nos EUA, lucrou mais de US$ 5 milhões nos primeiros dez dias.
Sua média de faturamento por tela superou a dos campeões de bilheteria. Enquanto "A Casa Amaldiçoada", outro filme de terror que estreou na semana passada, arrecadou US$ 11,9 mil por tela, "Blair Witch" chegou a impressionantes US$ 61 mil. Ontem, o filme expandiu seu alcance a 800 cinemas em todo território norte-americano e a meta final é levar o filme a 1.700 cinemas.

Batalha jurídica
Um produtor independente da Flórida, Sam Barber, entrou na justiça federal dos EUA contra Daniel Myrick, um dos diretores de "Blair Witch", e Greg Hale, o produtor. Ele diz que Myrick o iludiu ao prometer-lhe o crédito de produtor executivo e parte dos direitos sobre o filme.
De acordo com Barber, ele fez um acordo verbal com Myrick e Hale em junho de 1996 para produzir e desenvolver comerciais de TV e filmes, um deles, "Blair Witch". Ele diz que, dentro do acordo, Myrick e Hale usariam sua empresa de pós-produção para desenvolver e editar o filme. Nessa época, ainda segundo Barber, o filme se chamava "The Blair Witch Tapes".
Antes de começarem as filmagens, no entanto, o relacionamento entre Barber e os outros se desfez. Ele não explica detalhes do rompimento, mas diz que "lamenta ser posto nesta situação". "Apenas quero os meus direitos sobre o filme", afirma.
Nos últimos 12 meses, este tipo de ação foi movida contra filmes como "Blade", "Nunca Fui Beijada", "Shakespeare Apaixonado" e "Quem Vai Ficar com Mary?". Nenhuma delas teve resultado prático.


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