São Paulo, Sábado, 31 de Julho de 1999
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MÚSICOS
"Obra não é vanguarda", diz cantora

especial para a Folha

Muitos dos músicos que estão no novo CD de Ná Ozzetti já fizeram parte do que foi conhecido nos anos 80 como Vanguarda Paulista -embora isso não fosse um movimento articulado.
"Acho que foi um jeito de identificar duas coisas: pessoas tentando uma nova forma de composição e produção, que era a independente. Mas não era um movimento", disse Luiz Tatit.
Segundo ele, o que poderia ser chamado de grupo se encontrou, uma só vez, na praça Benedito Calixto, em São Paulo, para saber quem iria participar de um festival.
Ná não se incomoda com o rótulo, mas prefere começar o ano 2000 sem esse fantasma: "Meu trabalho não é de vanguarda. Compus esse CD com músicos tipicamente paulistas, que, com um pensamento quase em comum, têm cada um sua própria natureza artística".
Itamar Assumpção endossa a opinião. "Embora depois do tropicalismo isso tenha sido a coisa mais séria da música do Brasil, tudo surgiu espontaneamente".
"Esse foi um nome dado para um acontecimento, mas acho difícil falar isso por telefone. Preferia escrever um texto a respeito, pois não é uma questão chapada assim, se faz sentido ou não ser a Vanguarda Paulista", disse Wisnik.


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