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São Paulo, domingo, 31 de agosto de 2003

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"Destino" mira o Oscar

FREE-LANCE PARA A FOLHA, EM BARCELONA

Salvador Dalí e Walt Disney uniram sua criatividade na elaboração de um desenho animado entre 1946 e 1947. Devido às dificuldades do pós-Guerra, o projeto não saiu da fase inicial. O resultado inacabado foi uma fita de 17 segundos e alguns esboços. O fragmento do desenho, chamado "Destino", em espanhol, virou lenda. Poucos haviam visto.
O desenho foi apresentado publicamente pela primeira vez no MoMA de Nova York, em 97. Roy Disney, neto do cartunista, retomou o projeto. Reuniu uma equipe de 25 animadores franceses.
O desenho, de sete minutos de duração, foi exibido com grande repercussão em junho passado no Festival de Curtas-Metragens de Annecy (França). Depois, foi premiado nos festivais de Melbourne (Austrália) e de Rhode Island (EUA). A divulgação maciça tem como meta o Oscar de 2004.
"Destino" conta a história de amor entre duas figuras mitológicas, Dhalia e Chronos. A partir daí, o curta mistura bailarinas, jogadores de beisebol, formigas que se transformam em bicicleta, tartarugas gigantes e a Torre de Babel. Não há uma sequência lógica. A interpretação fica a cargo de cada espectador. O pintor costumava dizer que, se o filme fosse compreendido, teria fracassado no intento. Mais daliniano, impossível.

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