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DO BAÚ
"The Vault... Old Friends 4 Sale" reúne músicas gravadas entre 85 e 94 para a ex-gravadora do cantor
Warner lança inéditas de ex-Prince
da Reportagem Local
Mais capítulos vêm ser adicionados ao relacionamento tumultuado de Prince com a indústria
fonográfica. Acaba de ser lançado
nos Estados Unidos -e chega ao
Brasil em setembro, segundo sua
ex-gravadora, Warner- o álbum
"The Vault... Old Friends 4 Sale",
que volta a chamar de Prince o
homem sem nome e compila material inédito gravado por ele entre 1985 e 1994.
O que diz ele, agora declarado
artista independente, sobre o disco? "Tudo no "lançamento Prince"
da Warner é muito velho, datado
(pré-mudança de nome). Se o
Símbolo não está lá, não é o Som
da Liberdade", está avisado em
seu site na Internet.
Acontece que em 1994 o ex-Prince saiu brigado da gravadora
-cancelara o nome em represália à Warner, tatuara a palavra
"escravo" na face e até hoje luta
judicialmente para reaver os direitos de seus fonogramas-, rumo ao gerenciamento independente de seu (não) nome.
A fumaça queima os olhos de
seus fãs. Desde a ruptura com o
estúdio, a imagem do cantor oscila entre escravo autoproclamado
e morto-vivo que vendeu os próprios amigos.
Por seu selo NPG, passou a monopolizar direitos sobre vendagem -recolhendo todos os saldos, não só os 15% sobre o preço
de cada CD devidos pela Warner-, chegou até a comercializar
seus produtos apenas na Internet
(foi o caso do álbum triplo
"Crystal Ball", de 97).
Por isso tudo, apressa-se em
desqualificar o disco da Warner,
que, por seu lado, esquenta a fogueira contrariando o ex-contratado e o chamando, novamente,
de "Prince". Mas não deixa de avisar, no encarte, que o material
oferecido "originalmente era destinado apenas a uso privado"
-bem, não é mais.
Quanto ao artista em si, mantém contrato de distribuição
mundial com a Arista (no Brasil,
representada pela BMG) desde o
disco anterior, o despercebido
"New Power Soul" (98).
Com a Arista, promete para novembro o lançamento de um novo álbum, "Rave Un2 the Joy Fantastic".
O disco deve ter participações
especiais de Maceo Parker (saxofonista de James Brown), Chuck
D. (da banda de rap Public
Enemy, também em guerra com o
sistema fonográfico) e as moças
Sheryl Crow, Ani diFranco e
Gwen Stefani (da banda adolescente No Doubt).
Fora da indústria, mas não tanto, e parodiando a canção de 1982
em que dizia "hoje à noite vamos
festejar como se fosse 1999", Símbolo planeja ainda um "concerto
do milênio" e uma turnê mundial
para 2000.
(PEDRO ALEXANDRE SANCHES)
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