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Banda abriga eruditos e universitários
da Redação
A busca por uma melhor remuneração faz com que músicos com
formação erudita acompanhem
artistas populares, como Zezé di
Camargo e Luciano.
A pedido da Folha, a produção
da dupla levantou o currículo dos
músicos -e encontrou desde pessoas que estudam música clássica
desde os cinco anos até membros
do corpo de baile do Teatro Municipal (veja quadro acima).
Outros chegam a ter ainda formação universitária -há enfermeira, contabilista, secretária, publicitária e engenheiro.
Um músico da dupla recebe, por
apresentação, entre R$ 700 e R$
800. Pode, portanto, ganhar, em
um mês, até R$ 16 mil -levando
em conta que há quatro ou cinco
shows por semana.
"O trabalho mais popular sempre foi mais rentável", diz Zezé di
Camargo. Levando em conta que
músicos de uma sinfônica da
Grande São Paulo recebem R$ 350
por mês, é uma diferença grande.
"Temos na banda músicos que
estudaram. Todos lêem música e
têm currículos lá fora", conta Zezé. "Existe uma diversidade que
traz um conhecimento musical
muito grande."
Bailarinos
Desde 1994, a dupla incorporou
também bailarinos ao espetáculo.
Esses profissionais ganham até R$
3.000 por mês -entre R$ 130 e R$
150 por apresentação.
É quase o dobro do que recebe
um dos maiores bailarinos brasileiros, Rui Moreira, 34, do grupo
Corpo. Seu salário mensal, ele
mesmo declara, é de R$ 1.800.
Sua companhia é particular. Ele
cita grupos estatais, em que a remuneração é de R$ 800 mensais.
"A situação dos profissionais de
dança é instável demais e muito
pouco reconhecida. É um ideal",
afirma Rui Moreira.
(LPz)
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