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FESTIVAL
Evento mostra diferentes interpretações da carne de cordeiro
especial para a Folha
Se depender do esforço de um
crescente número de produtores
brasileiros, comer cordeiro poderá
deixar de ser uma aventura incerta
entre nós e se aproximar do deleite
gastronômico que esta carne representa em países onde seu consumo é mais tradicional.
Uma amostra desse esforço está
acontecendo em São Paulo de hoje
até o dia 9 de novembro, quando
três restaurantes de diferentes cozinhas -Arabia (árabe), La Casserole (francesa) e Vinheria Percussi
(italiana)- estarão servindo cardápios com a carne desses produtores, agrupados em associações
em São Paulo e Rio Grande do Sul.
A carne de carneiro habitualmente
vendida no Brasil é a pior possível:
vem de animais de raças destinadas a produzir lã, e abatidos somente depois que sua vida útil se
esgotou.
A melhor carne de carneiro, segundo o gosto dominante hoje, é
aquela oriunda de raças de pouca
lã mas de boa carne, e de animais
com poucas semanas de idade
-os cordeiros-, de carne mais
tenra e suculenta. Foi para divulgar esses animais de melhor qualidade gastronômica, de raças como
Île de France, Suffolk e Texel (ou
cruzamentos delas), que nasceu
esse festival que acontece nos restaurantes.
Intitulado "Três Cordeiros, Três
Temperos", o evento apresenta,
em cada lugar, pelo menos três opções de pratos com esse ingrediente.
No Arabia, por exemplo, pode-se experimentar o quibe cru de
cordeiro (no Oriente Médio, pratos como quibe e kafta são feitos de
carneiro, mais abundante que o
boi). No La Casserole, o pernil de
cordeiro assado (malpassado)
com ervas e feijão verde, uma das
opções, mostra uma forma bem
francesa de apreciar essa carne.
Na Vinheria Percussi, uma receita italiana sugere a costeleta grelhada com alecrim e feijão branco.
(JM)
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