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Público de cine nacional cresce 33%
da Reportagem Local
Apesar do quadro pessimista quanto à produção de
novos filmes em 2000, devido à falta de investimento, o
mercado cinematográfico
comemora alguns bons resultados em 99.
Paulo Sérgio Almeida, diretor da Filme B Comunicações (empresa de consultoria), e José Carlos Avelar, diretor da Rio Filme (que distribui a maioria dos filmes
nacionais), acham que 1999
foi um ano bom para o cinema brasileiro.
Almeida ressalta o aumento de lançamentos nacionais
-31 contra 24, em 98- e o
crescimento de público. Segundo ele, os filmes brasileiros terão 4,8 milhões de espectadores em 99, um crescimento de 33% em relação
ao ano passado (3,6 milhões).
Como o número total de
espectadores deve ser o mesmo de 98 (cerca de 70 milhões), a participação do cinema nacional em relação
ao estrangeiro deve subir de
5% no ano passado para
6,9% em 99.
Para 2000, Almeida prevê
um número menor de lançamentos (em torno de 25 filmes) e uma possível queda
na participação em relação
aos estrangeiros.
José Carlos Avelar, da Rio
Filme, acredita que a "grande captação de recursos nos
anos anteriores" poderá
manter aquecida a produção
de novos filmes em 2000.
Para o cineasta Nelson Pereira dos Santos, no entanto,
o cinema nacional ainda esbarra na falta de estrutura de
distribuição (número de cópias) e de exibição (salas).
"Apareceram filmes muito
bons, mas a gente vê que
ainda não foram resolvidos
os problemas de distribuição e exibição", afirma.
"Um Copo de Cólera", por
exemplo, teve apenas sete
cópias. Ou seja, só poderia
estar em cartaz ao mesmo
tempo em sete salas.
Como poucos filmes nacionais dão lucro ("O Quatrilho" é um dos raros exemplos), os investimentos só
são atraentes para empresas
que pagam muito Imposto
de Renda, segundo Vitor
Moura Ferreira, diretor da
corretora Sagres.
(DC)
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