São Paulo, Sexta-feira, 31 de Dezembro de 1999


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Público de cine nacional cresce 33%

da Reportagem Local

Apesar do quadro pessimista quanto à produção de novos filmes em 2000, devido à falta de investimento, o mercado cinematográfico comemora alguns bons resultados em 99.
Paulo Sérgio Almeida, diretor da Filme B Comunicações (empresa de consultoria), e José Carlos Avelar, diretor da Rio Filme (que distribui a maioria dos filmes nacionais), acham que 1999 foi um ano bom para o cinema brasileiro.
Almeida ressalta o aumento de lançamentos nacionais -31 contra 24, em 98- e o crescimento de público. Segundo ele, os filmes brasileiros terão 4,8 milhões de espectadores em 99, um crescimento de 33% em relação ao ano passado (3,6 milhões).
Como o número total de espectadores deve ser o mesmo de 98 (cerca de 70 milhões), a participação do cinema nacional em relação ao estrangeiro deve subir de 5% no ano passado para 6,9% em 99.
Para 2000, Almeida prevê um número menor de lançamentos (em torno de 25 filmes) e uma possível queda na participação em relação aos estrangeiros.
José Carlos Avelar, da Rio Filme, acredita que a "grande captação de recursos nos anos anteriores" poderá manter aquecida a produção de novos filmes em 2000.
Para o cineasta Nelson Pereira dos Santos, no entanto, o cinema nacional ainda esbarra na falta de estrutura de distribuição (número de cópias) e de exibição (salas). "Apareceram filmes muito bons, mas a gente vê que ainda não foram resolvidos os problemas de distribuição e exibição", afirma.
"Um Copo de Cólera", por exemplo, teve apenas sete cópias. Ou seja, só poderia estar em cartaz ao mesmo tempo em sete salas.
Como poucos filmes nacionais dão lucro ("O Quatrilho" é um dos raros exemplos), os investimentos só são atraentes para empresas que pagam muito Imposto de Renda, segundo Vitor Moura Ferreira, diretor da corretora Sagres. (DC)


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