São Paulo, segunda-feira, 31 de dezembro de 2007 |
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DEPOIMENTOS E, quando a festa já ia se aproximando, como explicar a agitação que me tomava? Como se enfim o mundo se abrisse de botão que era em grande rosa escarlate. Como se as ruas e praças do Recife enfim explicassem para que tinham sido feitas. Como se vozes humanas enfim cantassem a capacidade de prazer que era secreta em mim. Carnaval era meu, meu CLARICE LISPECTOR escritora A vibração paroxística do frevo é realmente uma coisa assombrosa. É, enfim, um verdadeiro "allegro" num "presto" nacional. É, sem dúvida, o entusiasmo, a ardência orgíaca, mais dionisíaca de nossa música nacional. E aquele rapaz que dançou! Mas, será possível que uma coreografia assim ainda se conserve ignorada dos nossos teatros e bailarinos? Que beleza! Que beleza admirável! MÁRIO DE ANDRADE escritor A quem me pede que cite pernambucanismos com que Pernambuco tem enriquecido a cultura brasileira mais folclórica, mais popular, mais característica, não tenho hesitado em apontar três: o maracatu, a buchada, o frevo. [...] [Um frevo] que surgiu de pés e de ritmos de corpos brasileiros, em ruas do Recife, sob brilhos de sol recifense e em harmonia com sons captados por ouvidos também recifenses: talvez batendo nos próprios recifenses GILBERTO FREYRE antropólogo Depoimentos de autores brasileiros que estão no livro "Frevo -100 Anos de Folia" Texto Anterior: Edição de luxo revê Carnavais Próximo Texto: Crítica/música/"Frevo do Mundo": Uso de elementos contemporâneos mostra que gênero não se esgotou Índice |
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