Índice geral Ilustrada
Ilustrada
Texto Anterior | Próximo Texto | Índice | Comunicar Erros

Spielberg vai à guerra...mas volta pra casa

"Cavalo de Guerra", filme do cineasta americano sobre a Primeira Guerra, estreia hoje no Brasil

VERENA FORNETTI
DE NOVA YORK

Dizendo-se aberto ao risco, o diretor Steven Spielberg lança "Cavalo de Guerra", em que retrata a ligação de um um garoto e um animal prestes a ser usado na Primeira Guerra Mundial.

O filme, que estreou no Natal nos EUA e chega hoje ao Brasil, é uma adaptação do livro do inglês Michael Morpurgo, que já havia inspirado uma peça teatral ganhadora de cinco prêmios Tony.

"Cavalo de Guerra" narra a história de Joey, um jovem cavalo treinado por Albert, personagem do estreante Jeremy Irvine, que junto com o menino semeia um campo pedregoso e é vendido para oficiais britânicos.

Desde então, Joey transita pelos dois lados da batalha e contribui para transformar a vida e moldar as experiências de seus sucessivos donos.

Spielberg define a história, filmada no Reino Unido, como uma odisseia. "É uma história épica, em que a natureza é personagem." Para o diretor, apesar do fundo histórico e das longas sequências de fuga e luta, esse não é um filme de guerra.

"Considero uma história afetiva entre um cavalo e um jovem. E também uma história sobre a grande esperança e a grande conexão que esse cavalo faz com todos os personagens, sejam eles britânicos ou alemães."

Os atores comparam "Cavalo de Guerra" com "E.T. - O Extraterrestre" (1982), em que Spielberg também fala da amizade entre um garoto e uma criatura. "Para mim, é o que Spielberg sempre faz, focar o elemento humano", afirma Irvine.

"Cavalo de Guerra" é um dos candidatos à uma indicação ao Oscar deste ano e estreou nos EUA no mesmo mês que outra aposta de Spielberg, "As Aventuras de Tintim", o primeiro filme do cineasta em 3D.

"Não acho que haja problema que 'Tintim' e 'Cavalo de Guerra' sejam lançados ao mesmo tempo e tenham público parecido. Minha filosofia sempre foi a de que, se eu não fizesse 'Cavalo de Guerra', outra pessoa faria", disse o diretor.

14 CAVALOS

Joey foi "interpretado" por 14 diferentes cavalos.

Spielberg diz que os animais tiveram papel essencial na história. "O livro é contado a partir da perspectiva de Joey", destaca. "Nas filmagens, toda vez que queríamos saber o que Joey estava pensando, olhávamos o livro."

O diretor diz que gosta de cavalos e convive com os animais há 15 anos. "Filmes não gastam muito tempo mostrando o que os cavalos estão sentindo."

Texto Anterior | Próximo Texto | Índice | Comunicar Erros


Copyright Empresa Folha da Manhã S/A. Todos os direitos reservados. É proibida a reprodução do conteúdo desta página em qualquer meio de comunicação, eletrônico ou impresso, sem autorização escrita da Folhapress.