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Atores avaliam paradigmas do humor na TV

DO ENVIADO AO RIO

No intervalo das filmagens, sob um calor de quase 40 graus, Marcelo Adnet e Eduardo Sterblitch mostravam-se em forma, pelo menos no que diz respeito ao humor cáustico e inconsequente. À Folha, falaram sobre a vida mole, "pero no mucho", a que todo penetra está sujeito.

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Folha - Festa boa é festa com penetra?

Marcelo Adnet - O penetra não vai em festa ruim. Mas é um cara um pouco infeliz porque, no fundo, ele não tem amigos nem é convidado. No fundo, o penetra é um chato.

Eduardo Sterblitch - Cara, eu não tenho a mínima ideia.

Como são seus personagens?

Adnet - Os dois se completam. Um humaniza, o outro -meu personagem- desumaniza. O que une os dois é a tragédia. E a graça está na tragédia.

Sterblitch - Eu sou o trouxão sempre. É bom ser trouxa. Ninguém briga com o trouxa. É importante ter cara de babaca em blitz da polícia ou diante dos bandidos. No fundo, sou um babaca na vida.

Que tal trabalhar juntos?

Sterblitch - Se eu fosse gay, gostaria de ter um caso com o Adnet. Ele é tão doce, e tão ácido.

Adnet - Um brigadeiro que caiu no chão.

E a experiência de fazer cinema?

Sterblitch - O Marcelo é mais ator. Acho que a TV aberta é muito estereotipada. Quanto mais pop, melhor. É preciso agradar a massa.

Adnet - Mas acho que você pode fazer o que gosta na TV aberta.

Sterblitch - Eu nem me considero ator, acho muito difícil. Isso é vocacional.

Quais são os grandes paradigmas da comédia hoje?

Sterblitch - Acho que as últimas inovações foram os documentários fictícios do Sacha Baron Cohen e o "Jackass".

Adnet - O "Pânico" é o único programa de humor que modificou os parâmetros. Chega a errar, e brinca com o erro.

Sterblitch - No final desta entrevista, acho legal terminarmos com um "pode ser que não".

(MK)

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