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Tony Tornado resgata soul music brasileira em Recife

FERNANDA MENA
ENVIADA ESPECIAL A RECIFE

Ele já cantou como Tony Checker, sacodiu boates cariocas como Johnny Bradfort e defendeu a viúva Porcina (Regina Duarte) na pele do capanga Rodésio da novela "Roque Santeiro" (1986), hoje reprisada pelo canal Viva.

Mas, na noite de anteontem, no palco do festival Rec-Beat, no Carnaval do Recife, Tony Tornado foi soul man.

Aos 81 anos, o cantor e ator mostrou estar em ótima forma. Cantou, deslizou e rodopiou ao som de clássicos da música soul e do funk -ritmos que ajudou a introduzir na música brasileira no início dos anos 1970.

Acompanhado pela banda Groovadelics, Tornado encarnou sua versão James Brown brasileiro e relembrou hits da década de ouro dos então chamados "nightclubs". Entre eles, "I Feel Good", "Soul Negro" e "BR-3", canção com a qual venceu, ao lado do Trio Ternura, a fase brasileira do 5º Festival Internacional da Canção de 1970.

"O negão está velho e gordo", brincou com o público, antes de chamar ao microfone seu filho, Lincoln Tornado, de voz menos grave e repertório voltado a uma mistura de samba e soul. "Ele é o cara", exagerou o pai. "Preciso fazer o meu marketing", admitiu.

Depois de uma performance de passinhos "moon walk" pré-Michael Jackson, Tony Tornado se despediu da plateia de cerca de 20 mil pessoas, que dançou e pulou por mais de uma hora de show, com três covers de Tim Maia: "Não Quero Dinheiro", "Primavera" e "Azul da Cor do Mar". E, cansado, voltou para o hotel, onde, nem Rodésio nem Checker nem Tornado, é Antônio Viana Gomes.

A jornalista FERNANDA MENA viajou a convite da Prefeitura do Recife

FOLHA.com

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