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Crítica Comédia

Intenções superam resultado final em trama popular

RICARDO CALIL
CRÍTICO DA FOLHA

No papel, "Billi Pig" tinha todos os elementos para se tornar um time campeão. Para começar, um diretor com bons serviços prestados ao cinema autoral (José Eduardo Belmonte) se arriscando na seara da comédia comercial.

Um elenco que mistura atores consagrados, promessas e veteranos. Uma trama com pegada popular, em que um vendedor de seguros fracassado (Selton Mello) e um falso padre (Milton Gonçalves) tentam aplicar um golpe num bicheiro (Otávio Muller).

Um espírito de chanchada nos números musicais e no humor ao mesmo tempo ingênuo e malicioso.

E um toque fantástico com um porco de plástico que fala com uma aspirante a atriz (Grazi Massafera, que se revela uma bela comediante).

Mas, às vezes, o time se sai melhor no papel do que em campo. As intenções de "Billi Pig" superam o resultado final.

Belmonte herdou não só o espírito das chanchadas mas também uma limitação que afetava boa parte delas: a desarticulação narrativa.

Além disso, a presença do porco falante se revela um achado cômico mais cansativo do que inspirado. E os momentos de graça são mais raros do que o desejável -problema grave numa comédia.

Filmes como "Família Vende Tudo", "Reis e Ratos" e "Billi Pig" tentaram fazer um contraponto, dentro da comédia comercial, ao modelo banal da "globochanchada". Só "O Palhaço" foi bem-sucedido. Ainda é muito pouco.

BILLI PIG

DIREÇÃO José Eduardo Belmonte
PRODUÇÃO Brasil, 2012
ONDE no Iguatemi Cinemark, Jardim Sul UCI e circuito
CLASSIFICAÇÃO 12 anos
AVALIAÇÃO regular

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