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Homem musica

Sem deixar a Fresno, Lucas Silveira toca outros três projetos musicais e vai aos EUA com um deles

LILIAN RAMBALDI
COLABORAÇÃO PARA A FOLHA

Faz algum tempo que a onda de "rock emocore" deixou o topo das paradas. São poucos os expoentes do estilo - aceitando ou não o rótulo "emo" - que conseguiram se descolar dele e enveredar por outros gêneros musicais.

Lucas Silveira, 28, há 12 anos à frente da Fresno, é um deles. Além da banda que o consagrou, ele toca outros três projetos distintos: Visconde, Beeshop e SIRsir.

Com este último, de música eletrônica, ele se apresentará no próximo dia 15 nos Estados Unidos a convite do festival South By Southwest, em Austin, no Texas.

"O SXSW é um dos festivais mais importantes da atualidade. Quando me convidaram, vi que o SIRsir tomou vida própria", contou ele ao "Folhateen".

Silveira está no mesmo "line up" do cantor Bruce Springsteen e fará um dos shows que acontecem em mais de cem espaços da cidade comoteatros, auditórios, bares e casas de show.

Antes de chegar aos Estados Unidos, o cantor e compositor irá à longínqua Bósnia para fazer a foto de capa do disco da banda Visconde.

O grupo, que tem outros 13 integrantes, toca músicas lentas e melancólicas, compostas após o fim do último namoro de Silveira.

"É bem diferente de tudo o que faço. Visconde me aproxima mais da Maria Gadú do que de uma banda de rock", explica.

Mas por que a Bósnia? Segundo ele, o interesse pelo país vem da infância, quando costumava desenhar prédios. "Meu irmão me mostrou fotos de monumentos do Leste Europeu e fiquei impressionado porque era exatamente o que eu criava."

A experiência internacional não é inédita para ele. Com o Beeshop -projeto que pende mais para o "indie" e a música pop e é cantado em inglês- Silveira fez os shows de abertura em uma turnê da banda Anberlin, nos Estados Unidos, em 2011.

Tantos projetos e, até agora, bem-sucedidos, não tiraram o seu foco da Fresno. A agenda de shows da banda em 2012 continua lotada, para alívio dos fãs.

"Essas outras coisas eu faço nas brechas da banda. Tento manter uma independente da outra e quero atingir públicos diferentes. Para os shows do SIRsir, por exemplo, uma agência especializada em música eletrônica me encaixa em datas entre os shows da Fresno."

Como se quatro bandas não bastassem, Lucas Silveira tem outros planos em mente, que estão começando a tomar corpo.

O primeiro deles, que é investir em atuação, já está se desenhando: o cantor fez testes para um filme estrangeiro neste mês. Se não for aprovado, ele garante que vai continuar tentando.

O segundo é compor sob encomenda para outros artistas de estilos diferentes.

Com isso, o leque de atividades do cantor e compositor deve se abrir ainda mais.

E o que era só uma banda de rock virou uma espécie de homem-projeto.

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