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Cinema

"Jogos Vorazes" já é sucesso nas bilheterias americanas

Campanha de franquia contrasta com fracasso da ficção científica da Disney

Longa deve arrecadar até US$ 120 milhões nos EUA no fim de semana de sua estreia mundial, segundo projeção

RODRIGO SALEM
DE SÃO PAULO

Se o estúdio Lionsgate espera ter um novo "Crepúsculo", os números já estão ajudando. Dias antes da estreia nos Estados Unidos, "Jogos Vorazes" já havia esgotado mais de três mil sessões, alcançando US$ 15 milhões.

O site Fandango, principal rede de vendas on-line de ingressos, divulgou que 75% de todas as transações efetuadas nas duas semanas que antecederam a produção foram de ingressos para a aventura futurista. A empresa também anunciou que os bilhetes virtuais já superam o desempenho de toda a carreira de "Crepúsculo".

Se a análise dos especialistas for confirmada, "Jogos Vorazes" pode ter uma bilheteria no fim de semana entre US$ 90 milhões e US$ 120 milhões. Seria a coroação de uma blitz de marketing que envolveu internet, afago aos fãs dos livros e decisões estratégicas acertadas.

Pôsteres foram distribuídos em convenções de quadrinhos e em concursos virtuais. A página do Facebook -com 3 milhões de "curtir"- era atualizada com caçadas e brindes, transmissão ao vivo de eventos e distribuição de ingressos. Tudo movido a um orçamento de US$ 45 milhões, valor baixo para um início de franquia que pode render bilhões à Lionsgate.

O sucesso da campanha contrasta com a confusão que foi a publicidade de "John Carter: Entre Dois Mundos", o fracasso mais retumbante da Disney em anos. A produção foi herdada pelo novo presidente do estúdio, Rich Ross, mas a publicidade sofreu duas mudanças bruscas.

A primeira, em 2010, com a entrada de uma novata na indústria cinematográfica, Marie Carney, para comandar a divisão de marketing. A segunda com a demissão da própria Marie, após 18 meses.

O resultado foi a divulgação de um filme que teve três mudanças de nome e trailers esquizofrênicos.

A Disney divulgou que "John Carter" terá prejuízo de US$ 200 milhões. Nem os números internacionais, cerca de US$ 130 milhões, salvarão a ficção do diretor Andrew Stanton. Para cobrir os custos e gerar lucro, o filme teria de render US$ 600 milhões.

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