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Evento quer ser independente do mercado

JOHANNA NUBLAT
DE BRASÍLIA

Prometida pelos organizadores como independente do direcionamento do mercado e das editoras de livros, tem início hoje, em Brasília, a primeira edição da Bienal Brasil do Livro e da Leitura.

Em dez dias de programação, toda gratuita, o evento levará à cidade autores brasileiros e de mais 32 países, com foco em escritores africanos e hispano-americanos.

Entre os destaques estão o primeiro negro a ganhar o Nobel, em 1986, o nigeriano Wole Soyinka, e escritores consagrados de países vizinhos, como o poeta argentino Juan Gelman e o romancista chileno Antonio Skármeta (autor de "O Carteiro e o Poeta").

O público jovem deve ser atraído pelo americano Daniel Polansky e pela brasileira Thalita Rebouças.

"Se você pegar a programação de outras bienais e feiras vai ver, sem nenhum demérito, literatura para adolescentes lacrimejantes, vampiros e lobisomens, autoajuda, negócios, excesso de padres, artistas", diz Luiz Fernando Emediato, coordenador literário do evento.

"Aqui na bienal de Brasília, criamos a programação e simplesmente comunicamos às editoras", diz Emediato.

Estarão presentes, com livros e autores, editoras como Companhia das Letras, Saraiva, Martins Fontes e Geração Editorial (de onde Emediato está licenciado).

O custo do evento (R$ 6,8 milhões) é bancado pelo governo do Distrito Federal, por editoras que adquiriram estandes e por empresas públicas, como Correios e BRB (banco do governo local), parte por captação via Lei Rouanet, conta Nilson Rodrigues, coordenador da bienal e ex-diretor da Ancine (Agência Nacional do Cinema).

Segundo Rodrigues, um dos empurrões para a criação da bienal foi ver a presidente Dilma na TV discorrendo sobre a relevância do livro.

"O Brasil avançou nos últimos anos nas questões social e econômica, mas as políticas de cultura não seguiram na mesma velocidade."

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