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Crítica / Drama Graças a atores, 'Sete Dias com Marilyn' é um digno teleteatro Filme compensa tom por vezes pomposo com elenco competente CRÍTICO DA FOLHAAo realizar "Sete Dias com Marilyn" com base nos escritos de um jovem inglês sobre um flerte com a estrela americana na década de 1950, o diretor Simon Curtis chegou, por uma estranha alquimia, a um produto que se aproxima mais de uma peça filmada do que de um filme. O resultado pode não ser grande cinema, mas ao menos é um digno teleteatro, graças sobretudo às atuações dos protagonistas. Nesse sentido, "Sete Dias com Marilyn" se soma a uma linhagem recente de filmes ingleses à qual se filiam "O Discurso do Rei" e "A Dama de Ferro". Michelle Williams e Kenneth Branagh encarnam Marilyn Monroe e Laurence Olivier, então a maior estrela do cinema americano e o maior ator do teatro britânico, reunidos em Londres para "O Príncipe Encantado" (1957). A história real é contada pelo ponto de vista do jovem Colin Clark, terceiro assistente de direção que se torna acompanhante, confidente e interesse afetivo de Marilyn. Emocionalmente desamparada, ela se atrasa para as filmagens, esquece as falas e entra em constantes confrontos com Olivier. Mais do que uma guerra de egos, o longa encena um choque entre estilos de interpretação: de um lado, a interiorização psicológica de Marilyn (espelhada por Williams); do outro, a reverência ao texto de Olivier/Branagh. Em vez de mimetizar Marilyn, Williams busca sua frágil e tumultuada "verdade interior" -chegando mais perto da atriz do que milhares de dublês. Mas, apesar de tomar partido afetivo da estrela, o filme jamais deixa de soar como teatro britânico: formal, irônico e levemente pomposo. Texto Anterior | Próximo Texto | Índice | Comunicar Erros |
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