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Transexual cubana é rainha no cabaré da luz vermelha

XICO SÁ
COLUNISTA DA FOLHA

A preferência nacional, mesmo representada pelo melhor que o Brasil tem no gênero, dançou. Quem deu o clima de cabaré mesmo no palco da luz vermelha foi uma transex cubana de 72 anos.

O nome dela é Phedra de Córdoba, atriz do grupo "Os Satyros", que despertou o até então lesado público GLS e reacendeu a testosterona dos héteros com um erótico "portunhol selvagem".

Famosa no circuito praça Roosevelt, Phedra teve a sua noite de gala para as massas. Seu show tinha o nome de "Jet Set", mas bem que poderia ser batizado de "Delito por Dançar o Chá-chá-chá", título do livro do seu conterrâneo Cabrera Infante.

Ela levou ao palco canções populares do cabarezismo francês, no final de semana da eleição do socialista François Hollande, mas a dicção fincou pé no Caribe. Gracias.

Não que os respeitáveis bumbuns da Rita Cadilac e da Gretchen, dois dos mais celebrados latifúndios dorsais do país que ainda nos deve a reforma agrária, tenham se dado mal na Virada. Jamais.

Na pole dance, que deveria ser esporte oficial olímpico na Rio 2016, as tantas meninas fizeram direitinho. Óbvio que, na rua, diante da moral e dos bons costumes das autoridades paulistanas, não foram tão generosas como costumam ser nas casas do ramo das redondezas.

Foi bonito o cabaré, mas fica uma sugestão para a próxima Virada. Um cabaré na ideia mais brasileira do ramo, algo como o que herdamos de Waldick Soriano, Nelson Gonçalves e a Ângela Maria, que se apresentou, também no sábado, no Municipal.

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