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Gal faz estreia oficial de 'Recanto' em SP Com direção de Caetano Veloso, show tem canções do último CD e clássicos como "Folhetim" e "Vapor Barato" Jovens músicos Pedro Baby, Bruno Di Lullo e Domenico transportam para o palco sonoridade experimental do disco MARCUS PRETODE SÃO PAULO Gal Costa nem vai precisar de avião para voltar para casa. Vivendo em São Paulo desde o final de janeiro, a cantora faz a estreia oficial de "Recanto" na cidade. Dirigido por Caetano Veloso, o show foi apresentado por aqui, de dia e ao ar livre, no parque da Juventude. E agora ganha as condições intimistas da aclamada estreia carioca, em março. No palco, o repertório experimental do respectivo álbum, lançado no ano passado, convive com clássicos de todas as fases da cantora. A seleção parte da fase tropicalista de Gal (que, aliás, dialoga diretamente com o novo trabalho), de canções como "Baby", "Divino, Maravilhoso" e "Deus É o Amor". Passa pelos anos do "desbunde", com "Vapor Barato", "Barato Total" e "Da Maior Importância", e atinge a fase de maior sucesso comercial, com "Folhetim", "O Amor", "Minha Voz, Minha Vida" e até "Um Dia de Domingo". Nessa, emula a voz de Tim Maia, com quem fazia dueto na gravação original, de 1985. "A ideia foi de Caetano. E fazia sentido. Gravei essa canção só por causa do Tim Maia. A presença dele ali dava uma grandeza à gravação", diz. Gal é acompanhada por Pedro Baby (violão e guitarra), Bruno Di Lullo (baixo) e Domenico (bateria e programações), músicos da nova geração que levam ao palco a sonoridade ora eletrônica, ora roqueira, ora acústica do CD. A partir de "Recanto", Gal tem atraído o mesmo público jovem (havia gente de 15 anos cantando as músicas de cor nos shows do Rio) que, nos últimos anos, passou a se interessar por seus discos mais psicodélicos, sobretudo das décadas de 1960 e 1970. Aos olhos deles, a Gal de "Recanto" é aquela, de novo. "Esse show é uma entidade que foi se aproximando e, nos últimos ensaios, me tomou. Vivo ali coisas que já vivi, mas de maneira nova -porque estão dentro daquele contexto. Se canto as mesmas canções fora dali, faço outra leitura delas. E elas não têm o mesmo significado", diz. Texto Anterior | Próximo Texto | Índice | Comunicar Erros |
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