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Coleção desconstrói o passado pela prosa de Ricardo Piglia

'Respiração Artificial', que chega às bancas neste domingo, revisa a história argentina

DE SÃO PAULO

É a curiosidade em desvendar o que se esconde nos corredores da história que move "Respiração Artificial", romance escrito em 1980 pelo autor argentino Ricardo Piglia e 12° volume da Coleção Folha Literatura Ibero-Americana, que chega às bancas no próximo domingo.

Inspirada nas agruras da memória do país, a narrativa se inicia em 1976, ano em que os militares tomam o poder na Argentina e instauram uma ditadura que sobreviveria por sete anos, deixando um saldo estimado em 30 mil mortos ou desaparecidos.

Partindo de um episódio familiar, o tio que abandona sua esposa em Buenos Aires e se exila no interior, o protagonista discute a história argentina, sua literatura e as pequenas tragédias que escrevem a memória.

Buscando se distanciar de oficialismos históricos, Piglia tece o encontro de diversos personagens e momentos do país, questionando as distorções que enxerga no processo de construção das nações latino-americanas.

Tido como um dos romances mais importantes de seu país, "Respiração Artificial" teve seu reconhecimento com o prêmio Boris Vian de 1982.

O autor, nascido em Adrogué, na província de Buenos Aires, em 1940, é considerado o mais destacado escritor argentino da atualidade.

Tendo a desconstrução das verdades totalizantes como mote, o argentino escreveu, entre outros, "Plata Quemada". O romance daria origem, em 2000, ao filme homônimo de Marcelo Piñeyro, em que as dores da miséria são tratadas sem qualquer artifício.

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