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Criação das favelas no Rio é pano de fundo da trama

DO ENVIADO AO RIO

A partir de amanhã, o misticismo de "Amor Eterno Amor" dará lugar ao tom histórico de "Lado a Lado", nova novela das 18h da Globo.

Texto de estreia de João Ximenes Braga e de Claudia Lage, sob supervisão de Gilberto Braga, a trama se desenrola nas ruas do Rio do início do século 20.

"A novela trata de um momento do Brasil muito interessante. É o início da República, com suas qualidades e defeitos fundados ali", diz Patrícia Pillar, que vai interpretar a vilã Constança.

Na história, ela é uma ex-baronesa, sem terras, que não aceita a perda do prestígio e tenta controlar sua filha, Laura (Marjorie Estiano), que não aceita o papel de submissão das mulheres da época.

Na outra ponta, estará Isabel (Camila Pitanga), filha de ex-escravos, empregada doméstica com bons modos e também muito independente. "Ela é bem forte, vive em um contexto muito difícil, mas nunca perde sua dignidade", conta Pitanga.

"Lado a Lado" mostrará o nascimento da amizade entre Isabel e Laura e os encontros e desencontros delas com seus respectivos amores -Zé Maria (Lázaro Ramos) e Edgar (Thiago Fragoso).

"É como nos filmes 'Forrest Gump' (1994) e 'Bastardos Inglórios' (2009), os personagens vão passando pelos eventos históricos e as histórias de amor são estimuladas ou impedidas por eles", completa Ramos.

O ator se refere ao movimento de higienização do Rio, com a demolição de cortiços para a construção de grandes avenidas, o que fez surgirem as primeiras favelas da cidade.

"Quando assinou a abolição da escravatura, a princesa Isabel assinou uma frase de duas linhas. É uma loucura. O que se fez com esses ex-escravos? A novela trata justamente desse período."

Outro núcleo que terá destaque é um teatro de revista, liderado por Maria Padilha e Maria Clara Gueiros.

A proximidade da Copa do Mundo de 2014 no Brasil terá eco com o núcleo de jovens ricos que vão importar o esporte para o país, encabeçado por Caio Blat, Rafael Cardoso e Klébber Toledo.

(APJ)

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