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Festival traz para SP a nova música produzida na Bahia "Bahia de Som Salvador" terá shows de BaianaSystem Orkestra Rumpilezz, Peu Meurray e Manuela Rodrigues Cena alternativa da capital baiana se organiza e, graças à facilidade internet, sai da sombra do Carnaval MARCUS PRETODE SÃO PAULO A música independente baiana -aquela que não é necessariamente ligada à indústria do Carnaval- está mais organizada. Vem expandindo nos últimos anos e está à beira da explosão nacional, como aconteceu recentemente com a produção paraense. Alguns nomes importante dessa cena -BahiaSystem, Letieres Leite e a Orkestra Rumpilezz, Peu Meurray e Manuela Rodrigues- se apresentam no festival "Bahia de São Salvador", hoje e amanhã, no Auditório Ibirapuera. A programação completa em está no site www.bahiadesomsalvador.com.br. Todos eles levam seus convidados. Gente da Bahia que vive lá ou se mudou para o eixo Rio-São Paulo, como Lucas Santtana, Marcia Castro, Daganja e Claudia Cunha. "Só agora está rolando um movimento mais uniforme em Salvador", diz Russo Passapusso, do Baiana System. "É a primeira vez que acontece diálogo entre grupos de cultura sintética e orgânica. Todos frequentam os mesmo lugares. É comum ver um MC bebendo com um sambista." Segundo Passapusso, a música alternativa baiana viveu à margem até pouco tempo. Durante os períodos de Carnaval, ficava completamente esquecida. Mais ainda para eles, que fogem radicalmente da música "de avenida", experimentando misturar a linguagem tradicional da guitarra baiana com vertentes da música eletrônica e do dub. As coisas começaram a mudar graças às facilidades de produção e de divulgação propiciadas pela internet. Numa reação em cadeia, esse público crescente chamou a atenção da grande mídia, que a abriu espaço para o Baiana -e para os artistas emergentes na mesma cena. Ao menos na Bahia, ele diz, já não estão mais à margem. E o mais importante, falam a um público muito maior sem mudar uma vírgula no som que faziam. "A postura agora é não trabalhar como margem, mas dialogar com esses grupos da indústria do axé e do pagode. A função agora é misturar o que é diferente", diz. "É o começo de um movimento que vem surgindo -e que, graças a Deus, não tem nome." Texto Anterior | Próximo Texto | Índice | Comunicar Erros |
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