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Clássico "Romeu e Julieta" ganha releitura contemporânea em SP

Companhia Les Ballets de Monte-Carlo apresenta versão com ambiente estético mais moderno

Grupo surgiu em 1932 após fusão do Ballet da Ópera de Monte Carlo e do Ballet da Ópera Russa de Paris

KATIA CALSAVARA
COLABORAÇÃO PARA A FOLHA

"Romeu e Julieta", a trágica história de amor escrita por William Shakespeare, já foi montada por companhias de dança do mundo inteiro.

Herdeira de uma tradição secular, a companhia Les Ballets de Monte-Carlo apresenta em São Paulo (de hoje ao dia 6) e no Rio (dias 9 e 10) versão da qual se pode esperar mais do que romantismo e passos tradicionais.

Pode-se dizer que a carga dramática da montagem, dirigida e coreografada por Jean-Christophe Maillot, e a mistura de estilos são os pontos que diferenciam a encenação desta companhia, cuja trajetória é parte importante da história da dança.

Fundada em 1932, pela fusão do Ballet da Ópera de Monte Carlo e do Ballet da Ópera Russa de Paris, após a morte, em 1929, do russo Serge Diaghilev (fundador do Ballets Russes), a companhia passou por diversas fases e nomes até se estabelecer, em 1993, sob direção de Maillot em Mônaco.

O espetáculo já foi apresentado no Brasil em 1997, um ano após sua estreia, e permanece vivo devido à direção, à inventividade do cenário, assinado pelo pintor francês Ernest Pignon-Ernest, e à interpretação dos bailarinos.

Maillot conta que a intenção é modernizar o ambiente estético desse tipo de espetáculo. "Sem anedotas, nem na cenografia nem nos figurinos, procuramos dar uma leitura contemporânea ao público. Retiramos acessórios como espadas, usados sempre em cenas de batalha", diz.

A ideia do diretor é fazer com que o público se sinta envolvido nessa história de amor, já tão conhecida, por meio do potencial dramático.

Maillot não poupa elogios aos bailarinos do grupo. "Eles são os mais belos de todos, caso contrário, por que eu trabalharia com eles?".

SEMELHANÇAS

Quando indagado sobre o tanto que a companhia atual se assemelha à tradição dos Ballets Russes, Maillot diz que tudo é diferente.

"Não somos da mesma época, os bailarinos mudaram, a coreografia também, mas, principalmente, o Russes foi apenas hospedado em Mônaco, enquanto o Les Ballets é hoje a primeira companhia que representa a identidade de Mônaco", explica.

Para ele, a única característica que assemelha a companhia ao Russes, que trabalhou uma identidade de colaboração entre artistas e apresentou a dança russa ao Ocidente, é justamente a parceria constante entre artistas.

"Fazemos um intercâmbio com várias escolas. No entanto, procuro uma consistência, um espírito artístico que seja comum a todos."

ROMEU E JULIETA
QUANDO hoje, às 21h, sex., às 21h30, e sab., às 16h e às 21h
ONDE Teatro Alfa (r. Bento Branco de Andrade Filho, 722, tel. 0/xx/11/5693-4000)
QUANTO de R$ 60 a R$ 195
CLASSIFICAÇÃO 5 anos

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