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Sem favoritos, Oscar 2012 passa por crise

Após demissão do produtor Brett Ratner, Eddie Murphy pediu para deixar cerimônia, que apresentaria em fevereiro

Bagunça na principal disputa cinematográfica ocorre numa temporada em que grandes apostas não estrearam nos EUA

FERNANDA EZABELLA
DE LOS ANGELES

Em meio ao prenúncio de uma temporada de prêmios chocha, ganhou contornos cinematográficos o escândalo que tomou conta do Oscar nesta semana: Eddie Murphy pediu para sair.

O comediante, que seria o apresentador da cerimônia, vai embora a três meses da grande noite, na esteira do pedido de demissão do produtor e amigo Brett Ratner, pressionado após insultar gays e contar detalhes de sua vida sexual em entrevistas.

Nenhum deles parecia muito empolgado com o evento. "Ensaio é coisa de bichinha", disse Ratner sobre o processo criativo.

Já Murphy declarou à revista "Rolling Stone" que havia aceitado o trabalho sob a condição de não fazer nenhum "número musical estúpido".

No lugar de Ratner, entra Brian Grazer, produtor quatro vezes indicado ao Oscar e vencedor por "Uma Mente Brilhante" (2001). Até o fechamento desta edição, o substituto de Murphy não havia sido anunciado.

"A saída de Eddie é embaraçosa, mas não é o fim do mundo para a Academia", afirmou à Folha o colunista Dave Karger, da revista "Entertainment Weekly".

"O problema maior é que apresentar o Oscar é visto por muitos em Hollywood como um trabalho ingrato", continuou Karger, trazendo lembranças da lambança de James Franco e Anne Hathaway na edição deste ano.

"Se você fizer um bom trabalho, não acrescenta muito. Mas, se você for mal, pode realmente atrapalhar sua carreira. A Academia precisa mudar essa percepção."

Talvez a crise pareça maior do que é porque o seu centro real, o cinema, anda devagar.

Ao contrário de anos anteriores, ainda não há francos favoritos na corrida pelos prêmios desta temporada, que começa no dia 28, com o anúncio dos escolhidos pelos críticos de Nova York (veja acima as datas das principais premiações que se seguem). O ápice é o Oscar, em 26/2.

Pela internet, sites especializados já traçam suas listas de favoritos. "O Homem que Mudou o Jogo", com Brad Pitt numa história de beisebol, "Histórias Cruzadas", adaptação de best-seller por Tate Taylor, e "A Árvore da Vida", de Terrence Malick, também com Pitt, se repetem.

Mas as apostas mais fortes ainda nem estrearam nos EUA. Os críticos esperam para dezembro "Cavalo de Guerra", drama que se passa na Primeira Guerra Mundial com direção de Steven Spielberg, "A Dama de Ferro", com Meryl Streep no papel de Margaret Thatcher, e "Tão Forte e Tão Perto", com Tom Hanks e Sandra Bullock.

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