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Quanto vale a vaga?

Área destinada a garagens é cada vez maior em edifícios residenciais; mesmo assim, proprietários
gastam com espaço extra

Simon Plestenjak/Folhapress
O advogado Fernando Zito, que comprou uma vaga por R$ 15 mil
O advogado Fernando Zito, que comprou uma vaga por R$ 15 mil

FABÍOLA BINAS
COLABORAÇÃO PARA A FOLHA

Diferentemente de localização, metragem e outros quesitos que são motivo de pesquisa e discussão no momento de comprar ou alugar um imóvel, vagas na garagem não costumam receber tanta reflexão.

Não porque não sejam importantes, mas porque ter um espaço para guardar o carro, há muito tempo, tornou-se item básico de sobrevivência para a maioria dos paulistanos.

Uma pesquisa da Poli-USP (Escola Politécnica da Universidade de São Paulo) atesta o efeito da cultura do automóvel na cidade e seu impacto no setor imobiliário.

No anos 1930, a área destinada a garagens era próxima de zero em relação à área total construída. A partir dos anos 1990, as vagas para passaram a ocupar 25% da área total, índice que se mantém até hoje.

"Como as pessoas dependem do carro, a maior parte dos lançamentos residenciais tem garagem. Se, na mesma região, um imóvel tem garagem e outro não, pode ter certeza de que o primeiro será procurado e vendido muito mais rapidamente", afirma Claudio Tavares de Alencar, professor do núcleo de Real Estate da Poli.

Ao se casar, o advogado Fernando Zito, 32, comprou um apartamento de dois dormitórios com uma vaga e foi surpreendido por uma proposta da construtora, que lhe ofereceu espaço para mais um carro, caso ele aceitasse pagar mais por isso.

"Precisávamos de um lugar para o carro da minha mulher", lembra o advogado, que desembolsou cerca de R$ 15 mil pela vaga extra.

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