DO ENVIADO ESPECIAL

Quando o assunto é miséria e violência, Campos do Jordão não faz jus ao apelido de Suíça brasileira. De 1996 para cá, com a divulgação maciça do Festival de Inverno, é visível a explosão demográfica, e o cenário da cidade contrasta casas de altíssimo padrão com habitações precárias.
De acordo com dados do Censo 2000 divulgados pelo IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística), o município possuía, em 2000, 44.252 habitantes, 23% a mais do que em 1996, quando havia somente 36.016 moradores.
Embora não haja estatísticas sobre carência habitacional, é visível que o crescimento populacional não veio junto com qualidade de vida. Mesmo quando lado a lado, a população diferencia as casas "de montanha" (dos turistas) das "de morro" (dos moradores).
Cresce também o registro de ocorrências policiais. Segundo estatísticas da Secretaria da Segurança Pública do Estado de São Paulo, em 2001, foram registrados 775 furtos, 118 roubos e 55 furtos de veículos na cidade, números 12% superiores aos de 2000.
Procurada pela Folha por indicação da assessoria de imprensa da Prefeitura de Campos do Jordão, a secretária de Bem Estar Social e primeira-dama, Paula Gomes, não quis dar entrevista.


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