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NOVA ERA 2
Radiestesistas deixam de procurar apenas água e agora também detectam focos energéticos nos imóveis
Modernos trocam forquilha por pêndulo
da Reportagem Local
Ela já foi chamada de rabdomancia (adivinhação por meio de varinha mágica, segundo o "Aurélio").
Hoje, é conhecida como radiestesia -ou sensibilidade a radiações.
O método milenar de encontrar
água com uma forquilha (pau ou
tronco bifurcado) ganhou novas
aplicações e instrumentos.
Os radiestesistas trocaram a forquilha pelo pêndulo -e a área rural pelas cidades. Afirmam detectar não só a presença de água no
subsolo, mas também de focos
energéticos que podem atuar como fator de desequilíbrio no local.
Segundo radiestesistas, a origem
dessa energia pode ser cósmica
(ondas eletromagnéticas provenientes de metais e aparelhos eletrônicos, entre outros) ou telúrica
(energia emanada do subsolo).
Fim do anonimato
Esses são os princípios básicos da
radiestesia, que vem ganhando a
cada dia mais adeptos. Desde fevereiro, a técnica teve sua divulgação
intensificada com a criação da
Abrad (Associação Brasileira de
Radiestesia e Radiônica).
De acordo com Wu Tou Kwang,
49, cirurgião vascular do Hospital
das Clínicas de São Paulo e presidente da Abrad, o principal objetivo da associação é tirar a radiestesia do anonimato.
"É uma forma de fazer uma triagem dos bons profissionais e
tornar a radiestesia uma disciplina séria", afirma.
Como primeira iniciativa, já
está começando a circular o
"Pendulum", jornal mensal com
tiragem de 5.000 exemplares e distribuição gratuita.
Energia doméstica
A radiestesia está sendo utilizada
pelas pessoas para medir a quantidade de energia existente em ambientes domésticos e comerciais.
Segundo o geólogo Marcos Alves
de Almeida, 53, o que determina se
a carga de radiação é nociva ao homem é a quantidade de energia positiva e negativa de um ambiente.
Almeida, professor da FEI (Faculdade de Engenharia Industrial)
que atuou como técnico do IPT
(Instituto de Pesquisas Tecnológicas do Estado de São Paulo) durante 20 anos e hoje se dedica à radiestesia, explica esse desequilíbrio como uma reação físico-química.
No caso das energias telúricas
(decorrentes de movimentos de
água ou falhas no subsolo), diz ele,
são emitidas radiações que, para se
equilibrarem, roubam energia das
células de pessoas ou vegetais.
O resultado, segundo Almeida,
são pessoas mais cansadas e distraídas. "Não são coisas que acontecem de um dia para o outro. Mas,
expostas a esses focos de energia
constantemente, as pessoas tendem a apresentar os sintomas."
Por esses motivos, os radiestesistas recomendam mudar a cama de
posição quando ela está sobre um
desses focos de energia e desligar
os aparelhos elétricos à noite.
As anomalias mais comuns encontradas em residências, de acordo com Almeida, são imóveis
construídos em cima de dutos de
água e zonas de falhas, que são planos subterrâneos que se movimentam de um lado para o outro.
Outro grupo, segundo Almeida,
é o das radiações criadas pelo próprio homem, como energias emitidas pelos aparelhos eletrônicos.
As fonoaudiólogas Lisana de
Rezende Spinola, 41, e Rosana
Angrisani, 42, somam a radiestesia às suas atividades
profissionais.
Segundo elas, formas geométricas também emitem energias que,
se não estiverem colocadas em posições adequadas, podem prejudicar a harmonia dos ambientes.
Os profissionais recomendam o
uso de mapas com formas geométricas diferentes para redirecionar
ou eliminar o efeito de energias
não-saudáveis.
(CLEIDE FLORESTA)
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