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ABERTO PARA REFORMA
Água Rasa quer síndicos para praças
DA REPORTAGEM LOCAL
O distrito da Água Rasa procura pessoas interessadas em trabalhar, voluntariamente, como síndicos de praças. Há 65 vagas
-número correspondente aos
espaços públicos da região.
Os síndicos fazem parte de um
projeto do engenheiro Walter José Pires Bellintani, funcionário de
carreira da Prefeitura de São Paulo, que, há um ano, assumiu a direção da Administração Regional
da Mooca, responsável também
pela Água Rasa.
O motivo para a maior atenção
a esses espaços é a falta de grandes
áreas de lazer na região.
"A Água Rasa não tem nenhum
parque público. O único é o do Piqueri, que fica no Tatuapé e não é
muito grande. Dessa forma, só
restam as praças à população."
Segundo Bellintani, o projeto
consiste em nomear síndico um
morador do distrito para que ele
cuide de uma praça da região.
"O síndico tem uma linha direta
com a administração regional.
Caso esteja precisando aparar a
grama, cuidar de um brinquedo
que se deteriorou ou qualquer outra coisa, ele é atendido."
O engenheiro diz que a idéia do
síndico surgiu dos próprios moradores, que ligavam reclamando
da má conservação das praças.
"Por mais que a prefeitura queira, é difícil fiscalizar os espaços
periodicamente. O síndico acompanha o dia-a-dia da praça."
O projeto não envolve só a nomeação de uma pessoa. Segundo
Bellintani, primeiro a praça é restaurada. E, depois, o síndico continua cuidando do local.
Por enquanto, duas praças do
Tatuapé e duas da Mooca já passaram por esse processo.
Na Água Rasa, a praça Silvio Leme já foi restaurada, e a Professor
Augusto Baillot está com as obras
iniciadas. Mas nenhuma das duas
têm candidatos a síndico.
Para Bellintani, a maior vantagem do síndico "é o estímulo à cidadania e a prevenção de ocupações indesejadas do espaço".
Quintal de casa
O comerciante William Ernesto
de Lucca tornou-se síndico de
uma das primeiras praças do projeto, a General Costa Barreto, no
Tatuapé. "O espaço mudou totalmente, até os vizinhos ficaram
mais amigos. Isso aqui virou o
quintal das nossas casas."
Antes, segundo Lucca, a praça
era malcuidada, e o acesso à administração regional, muito difícil. "Hoje, o que pedimos eles
mandam. A única coisa que está
faltando, e que já pedimos, é uma
melhor iluminação pública."
O comerciante afirma que a ajuda da administração regional foi
boa também para unir os moradores. "A partir disso, montamos
a Associação Amigos da Praça e
contratamos até um zelador, que
cuida da manutenção básica e da
vigilância."
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