São Paulo, domingo, 06 de agosto de 2000


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ABERTO PARA REFORMA

Água Rasa quer síndicos para praças

DA REPORTAGEM LOCAL

O distrito da Água Rasa procura pessoas interessadas em trabalhar, voluntariamente, como síndicos de praças. Há 65 vagas -número correspondente aos espaços públicos da região.
Os síndicos fazem parte de um projeto do engenheiro Walter José Pires Bellintani, funcionário de carreira da Prefeitura de São Paulo, que, há um ano, assumiu a direção da Administração Regional da Mooca, responsável também pela Água Rasa.
O motivo para a maior atenção a esses espaços é a falta de grandes áreas de lazer na região.
"A Água Rasa não tem nenhum parque público. O único é o do Piqueri, que fica no Tatuapé e não é muito grande. Dessa forma, só restam as praças à população."
Segundo Bellintani, o projeto consiste em nomear síndico um morador do distrito para que ele cuide de uma praça da região.
"O síndico tem uma linha direta com a administração regional. Caso esteja precisando aparar a grama, cuidar de um brinquedo que se deteriorou ou qualquer outra coisa, ele é atendido."
O engenheiro diz que a idéia do síndico surgiu dos próprios moradores, que ligavam reclamando da má conservação das praças.
"Por mais que a prefeitura queira, é difícil fiscalizar os espaços periodicamente. O síndico acompanha o dia-a-dia da praça."
O projeto não envolve só a nomeação de uma pessoa. Segundo Bellintani, primeiro a praça é restaurada. E, depois, o síndico continua cuidando do local.
Por enquanto, duas praças do Tatuapé e duas da Mooca já passaram por esse processo.
Na Água Rasa, a praça Silvio Leme já foi restaurada, e a Professor Augusto Baillot está com as obras iniciadas. Mas nenhuma das duas têm candidatos a síndico.
Para Bellintani, a maior vantagem do síndico "é o estímulo à cidadania e a prevenção de ocupações indesejadas do espaço".

Quintal de casa
O comerciante William Ernesto de Lucca tornou-se síndico de uma das primeiras praças do projeto, a General Costa Barreto, no Tatuapé. "O espaço mudou totalmente, até os vizinhos ficaram mais amigos. Isso aqui virou o quintal das nossas casas."
Antes, segundo Lucca, a praça era malcuidada, e o acesso à administração regional, muito difícil. "Hoje, o que pedimos eles mandam. A única coisa que está faltando, e que já pedimos, é uma melhor iluminação pública."
O comerciante afirma que a ajuda da administração regional foi boa também para unir os moradores. "A partir disso, montamos a Associação Amigos da Praça e contratamos até um zelador, que cuida da manutenção básica e da vigilância."


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