São Paulo, domingo, 07 de janeiro de 2007

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BALANÇO DE 2006

Crédito em alta se reflete nos estandes de venda

Unidades de até 200 m2 em grandes terrenos foram as mais procuradas

DA REDAÇÃO

A maior disponibilidade de crédito se refletiu no perfil dos imóveis mais comercializados em 2006. Tiveram boa saída nos estandes de venda, segundo levantamento do Secovi-SP (sindicato da habitação), as unidades com preços mais "acessíveis", tanto as de dois e de três dormitórios como as de quatro quartos com área privativa de até 200 m2.
Segue em alta o perfil de grandes condomínios, com várias torres, grandes terrenos e serviços internos disponíveis para os moradores, atendendo a uma maior demanda por segurança e comodidade.
Entre os bairros de destaque, regiões como Mooca (zona leste), Vila Leopoldina (zona oeste) e Santo Amaro (zona sul).
Quanto às características, houve casamento entre imóveis ofertados e procurados, já que os incorporadores, com as novas regras de uso e ocupação do solo, priorizaram a construção de "condomínios-clubes".
Eles estão em lotes maiores e localizados em bairros que ainda têm disponibilidade de grandes áreas para incorporação -casos, por exemplo, da Mooca e de Santo Amaro, duas das regiões mais procuradas pelos compradores.
Celso Amaral, sócio da Amaral d'Avila Engenharia de Avaliações e da Geoimovel (empresa de pesquisa imobiliária), vê com otimismo o desempenho do mercado em 2006, em relação ao atendimento da classe média -não só pela disponibilidade de financiamento mas também pelo olhar dos incorporadores. "Decididamente estiveram mais voltados para esse público", crava.

Alta de recursos em 2007
Para 2007, as expectativas também são favoráveis. "Deverá haver uma queda ainda mais acentuada das taxas de juros de financiamento", prevê.
A Abecip (Associação Brasileira das Entidades de Crédito Imobiliário e Poupança) projeta, para os próximos quatro anos, contratações crescentes de crédito imobiliário com recursos da poupança -de R$ 10 bilhões, em 2007, atingindo R$ 12 bilhões em 2010 (veja quadro na pág. 1).
Amaral diz, ainda, não acreditar que a nova Lei de Zoneamento será entrave para o surgimento de novos lançamentos. "Os incorporadores não vão perder a oportunidade de atender um mercado que sempre esteve represado", aposta. "Mesmo que com menor margem de lucro e maior competitividade, deverão investir."
Um sinal que aponta nessa direção é a abertura de capital, na Bolsa de Valores, de grandes construtoras, incorporadoras e imobiliárias de São Paulo. De acordo com o Secovi-SP, em um ano, Cyrela, Rossi, Gafisa, Company, Klabin Segall, Brascan e Abyara captaram R$ 4,8 bilhões por meio de oferta de suas ações. (EDSON VALENTE)

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