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BALANÇO DE 2006
Crédito em alta se reflete nos estandes de venda
Unidades de até 200 m2 em grandes terrenos foram as mais procuradas
DA REDAÇÃO
A maior disponibilidade de
crédito se refletiu no perfil dos
imóveis mais comercializados
em 2006. Tiveram boa saída
nos estandes de venda, segundo levantamento do Secovi-SP
(sindicato da habitação), as
unidades com preços mais
"acessíveis", tanto as de dois e
de três dormitórios como as de
quatro quartos com área privativa de até 200 m2.
Segue em alta o perfil de
grandes condomínios, com várias torres, grandes terrenos e
serviços internos disponíveis
para os moradores, atendendo
a uma maior demanda por segurança e comodidade.
Entre os bairros de destaque,
regiões como Mooca (zona leste), Vila Leopoldina (zona oeste) e Santo Amaro (zona sul).
Quanto às características,
houve casamento entre imóveis ofertados e procurados, já
que os incorporadores, com as
novas regras de uso e ocupação
do solo, priorizaram a construção de "condomínios-clubes".
Eles estão em lotes maiores e
localizados em bairros que ainda têm disponibilidade de
grandes áreas para incorporação -casos, por exemplo, da
Mooca e de Santo Amaro, duas
das regiões mais procuradas
pelos compradores.
Celso Amaral, sócio da Amaral d'Avila Engenharia de Avaliações e da Geoimovel (empresa de pesquisa imobiliária), vê
com otimismo o desempenho
do mercado em 2006, em relação ao atendimento da classe
média -não só pela disponibilidade de financiamento mas
também pelo olhar dos incorporadores. "Decididamente estiveram mais voltados para esse público", crava.
Alta de recursos em 2007
Para 2007, as expectativas
também são favoráveis. "Deverá haver uma queda ainda mais
acentuada das taxas de juros de
financiamento", prevê.
A Abecip (Associação Brasileira das Entidades de Crédito
Imobiliário e Poupança) projeta, para os próximos quatro
anos, contratações crescentes
de crédito imobiliário com recursos da poupança -de R$ 10
bilhões, em 2007, atingindo
R$ 12 bilhões em 2010 (veja
quadro na pág. 1).
Amaral diz, ainda, não acreditar que a nova Lei de Zoneamento será entrave para o surgimento de novos lançamentos. "Os incorporadores não
vão perder a oportunidade de
atender um mercado que sempre esteve represado", aposta.
"Mesmo que com menor margem de lucro e maior competitividade, deverão investir."
Um sinal que aponta nessa
direção é a abertura de capital,
na Bolsa de Valores, de grandes
construtoras, incorporadoras e
imobiliárias de São Paulo. De
acordo com o Secovi-SP, em
um ano, Cyrela, Rossi, Gafisa,
Company, Klabin Segall, Brascan e Abyara captaram R$ 4,8
bilhões por meio de oferta de
suas ações.
(EDSON VALENTE)
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