da Reportagem Local

Os moradores de Pirituba costumam brincar que para chegar à região é preciso usar uma balsa. A piada, claro, não corresponde à verdade, mas ilustra um dos maiores problemas do distrito: a falta de boas vias de acesso.
"Nos últimos anos, Pirituba teve um grande crescimento populacional e essa questão tornou-se ainda mais urgente", afirma o arquiteto e urbanista Antonio Carlos Rocha Furtado, 36.
Ele aposta em vários projetos para melhorar o acesso à região, destacando o da construção de uma ponte sobre o rio Tietê que ligasse as duas partes da avenida Raimundo Pereira de Magalhães, que vai da Lapa até o limite da cidade, cortando Pirituba.
"Quem vem da marginal do Tietê perde muito tempo fazendo o contorno na ponte do Piqueri. Existem outros projetos importantes, como o de construir uma avenida paralela à linha do trem."

Praticamente inviável
O superintendente de projetos viários da Secretaria Municipal de Vias Públicas, José Eduardo de Carvalho Filho, 57, concorda que o distrito tem problemas de acesso, mas diz que a ponte sobre o Tietê é praticamente inviável.
"O problema é que custa muito caro uma obra como essa, e, para que funcionasse, seriam necessárias várias outras interferências", afirma. Segundo ele, a ponte ferroviária e a alça de acesso à rodovia dos Bandeirantes complicam ainda mais a construção da ponte.
O fato de a avenida ter um potencial viário reduzido, por ser estreita, cheia de curvas e de topografia complicada, também dificultam a construção da ponte.
O superintendente afirma que a prefeitura pretende alargar a avenida. "Há um pedido do governo do Estado para priorizar essa obra por causa do Rodoanel, já que um dos acessos a ele seria pela Raimundo Pereira de Magalhães. Mas, mesmo duplicada, a avenida não teria o potencial de uma Radial Leste, por exemplo", diz.


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