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Espigões vieram nos anos 70 com o crescimento populacional
free-lance para a Folha
O projeto de lei que muda os padrões de construção em Z2 pretende resgatar um padrão arquitetônico que a cidade de São Paulo só guarda hoje na memória: os
prédios de três e quatro andares.
Até a década de 70, esse tipo de
edificação, que existia em bairros
como Jardins e Pinheiros (ambos
na zona sudoeste), conferia à cidade um charme semelhante ao
dos países europeus.
Em 1972, a prefeitura, preocupada com o aumento da concentração populacional nessa região
da cidade (área que engloba o
avanço da população do centro
em direção aos bairros), resolveu
restringir esse tipo de construção
nas Z2 (áreas mistas), aumentando para 16 metros de frente a área
que deveria estar livre de qualquer tipo de construção.
Assim, uma vez que as Z2 estão
presentes em quase toda a cidade,
São Paulo perdeu os espaços que
antigamente eram dedicados aos
simpáticos predinhos para os espigões de concreto.
"O projeto vai criar um novo
mercado de uso residencial, a
exemplo do que já está acontecendo na cidade de Porto Alegre",
afirma Eduardo Della Manna, vice-presidente de legislação do Secovi (sindicato das imobiliárias e
construtoras) .
Segundo ele, na capital gaúcha,
os predinhos estão sendo incorporados pela classe média com
bastante sucesso.
O projeto partiu da iniciativa
conjunta do Instituto de Arquitetos do Brasil, do Instituto dos Engenheiros, da Associação Brasileira de Escritórios de Arquitetura,
do Secovi e do Sinduscon (sindicato do setor de construção).
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