São Paulo, domingo, 09 de abril de 2000


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Espigões vieram nos anos 70 com o crescimento populacional

free-lance para a Folha

O projeto de lei que muda os padrões de construção em Z2 pretende resgatar um padrão arquitetônico que a cidade de São Paulo só guarda hoje na memória: os prédios de três e quatro andares.
Até a década de 70, esse tipo de edificação, que existia em bairros como Jardins e Pinheiros (ambos na zona sudoeste), conferia à cidade um charme semelhante ao dos países europeus.
Em 1972, a prefeitura, preocupada com o aumento da concentração populacional nessa região da cidade (área que engloba o avanço da população do centro em direção aos bairros), resolveu restringir esse tipo de construção nas Z2 (áreas mistas), aumentando para 16 metros de frente a área que deveria estar livre de qualquer tipo de construção.
Assim, uma vez que as Z2 estão presentes em quase toda a cidade, São Paulo perdeu os espaços que antigamente eram dedicados aos simpáticos predinhos para os espigões de concreto.
"O projeto vai criar um novo mercado de uso residencial, a exemplo do que já está acontecendo na cidade de Porto Alegre", afirma Eduardo Della Manna, vice-presidente de legislação do Secovi (sindicato das imobiliárias e construtoras) .
Segundo ele, na capital gaúcha, os predinhos estão sendo incorporados pela classe média com bastante sucesso.
O projeto partiu da iniciativa conjunta do Instituto de Arquitetos do Brasil, do Instituto dos Engenheiros, da Associação Brasileira de Escritórios de Arquitetura, do Secovi e do Sinduscon (sindicato do setor de construção).


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