São Paulo, domingo, 16 de maio de 2004

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Geografia explica crescimento vertical

FREE-LANCE PARA A FOLHA

Limitada fisicamente pelo Parque Estadual da Serra da Cantareira e pelo rio Tietê, a zona norte de São Paulo não teve muitas alternativas de crescimento além da crescente verticalização das moradias. A geografia explica a explosão de 41% de acréscimo no número de prédios residenciais na região nos últimos cinco anos.
"É uma tendência natural", pondera Luiz Carlos Costa, 68, professor de planejamento urbano da Faculdade de Arquitetura e Urbanismo da USP (Universidade de São Paulo). Segundo ele, a zona norte tem outras características peculiares. "Quem vive lá não quer sair, e a sua proximidade com a região central atrai outros moradores." Antonio Guedes, da incorporadora Gafisa, diz que a área não tem um perfil migratório. "Mesmo os filhos dos moradores, quando casam, continuam nos distritos vizinhos."
O espaço é reduzido (183,4 quilômetros quadrados compõem a zona norte, extensão menor do que a das regiões sul, leste e oeste), "mas o potencial de crescimento é ainda fantástico", calcula Maurilio Scacchetti, 46, gerente comercial da incorporadora Rossi. "Sobretudo perto da linha de metrô e em nichos como a parte alta de Santana e o Jardim São Bento, com padrão comparável ao do Tatuapé. A médio prazo, deverá haver uma explosão vertical."


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