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"Noiva' para o cão foi solução achada por advogado
free-lance para a Folha
Para o advogado Cesar Roberto
Cantagalli, 25, a decisão de optar
pela companhia de um cachorro
representou o início de problemas
de convivência com vizinhos.
Perigoso, seu cocker spaniel, latia e chorava quando alguém passava no corredor ou abria a porta
do elevador.
Isso acabou gerando reclamações da vizinha do apartamento
que fica embaixo do seu.
"Hoje não dá para todo mundo
morar em casa. Quem for morar
em apartamento tem de aprender
a conviver com esse tipo de incômodo", acredita Cantagalli.
Mesmo assim, em nome da boa
convivência, ele resolveu procurar
uma solução para o problema. Perigoso ganhou companhia no
apartamento de Cantagalli: a fox
paulistinha Francesca.
Segundo ele, os dois cachorros
se divertem e não incomodam
mais a vizinha do prédio, no Jardim Paulista, zona sudoeste de São
Paulo.
Outra moradora de apartamento
que teve problemas com vizinhos
por causa de seu cachorro foi a advogada Ana Cláudia Pompeu Torezan Andreucci, 26.
Há três meses, ela comprou um
basset hound. E a partir daí começou uma discussão com uma vizinha do prédio, em Pinheiros, zona
sudoeste de São Paulo. Motivo:
novamente o cachorro.
Para Ana Cláudia, o latido do
animal não é incômodo. "Não é
uma coisa que irrita. A casa de forró aqui do lado incomoda muito
mais. As buzinas dos carros também", diz ela.
Ana Cláudia chegou a contratar
uma pessoa só para cuidar de Barão. Mesmo com todos os cuidados tomados para não atrapalhar
os demais moradores, uma vizinha chegou a pedir que o cachorro
saísse do prédio.
"Mas daqui ele só sai quando
deixarmos o apartamento ou
quando morrer", diz Ana Cláudia.
A convenção do prédio da advogada admite animais, mas estabelece que todo bicho de estimação
tem de ser carregado no colo no
elevador. "Não critico a posição da
síndica. Tem de haver um critério
para a criação de animais em apartamento."
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