free-lance para a Folha

Brigas entre vizinhos motivadas por animais não é privilégio de moradores de apartamentos. Quem mora em casa não está imune a esses problemas.
Exemplo disso é Sandra Buncana de Camins, 40, que cria cinco cachorros em sua casa de 400 m2, em Moema, zona sudoeste de São Paulo.
Ela reclama que há dois anos seus cachorros são alvo de moradores de um prédio que dá para os fundos de sua casa.
A distância entre a casa de Sandra e o condomínio vizinho é de cerca de dez metros.
"Um vizinho vivia jogando pedras e rojões nos meus cachorros. Aí resolvi aumentar o muro para protegê-los", conta. O muro dos fundos da casa de Sandra subiu de 1,5 metro para mais de sete metros de altura.
Antes de decidir aumentar o muro, Sandra diz que procurou o vizinho para tentar um acordo sobre os cachorros. "Ele me recebeu, mas não falava nada sobre o problema", afirma.
Ela então alertou o vizinho que iria recorrer à polícia. Sandra diz que o delegado não deu atenção à causa, mas que a ameaça acabou funcionando. Há seis meses, o vizinho deu trégua a seus cães.
A colly Sabrina e os labradores Summerdream, Sellow, Santal e Blazer, segundo Sandra, agora vivem em paz.
"Cada um tem seu direito, mas não posso permitir que ninguém interfira na minha vida", afirma.
Segundo ela, seus cães não causam incômodo aos vizinhos. "Eles ficam tranquilos a noite toda, mas, durante o dia, têm direito de dar umas latidas", afirma.
Plantas comidas
Já a empresária Nazaré Aguiar de Almeida, que mora em uma casa no Morumbi, zona sudoeste de São Paulo, afirma não suportar os três cachorros de sua vizinha.
"Além de latirem alto e muito, comem e estragam todas as plantas da cerca que separa a minha casa da casa dela", reclama.
Para Nazaré, não há solução possível para o problema. "Já reclamei com a dona dos animais, mas ainda não fui atendida."
Segundo ela, foi feito um pedido para afastá-los da cerca que separa os imóveis, "mas eles continuam brincando perto do meu quintal".



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