CLEIDE FLORESTA
da Reportagem Local

Financiar 100% de um imóvel na planta por meio da CEF (Caixa Econômica Federal) passou a ser possível desde o último dia 13 de fevereiro. Até então, o máximo financiado pela Caixa era 80%.
Isso não significa, no entanto, que qualquer mutuário pode se beneficiar com a atual linha de crédito.
O programa, que não tem vinculação com o SFH (Sistema Financeiro da Habitação), é voltado para pessoas físicas que ganham acima de 12 salários mínimos e só é concedido para grupos.
Isso quer dizer que não adianta chegar a uma agência da CEF e pedir financiamento para um imóvel na planta. Nesse caso, quem vai até o banco é a construtora, munida de documentos sobre sua idoneidade e de um projeto para a construção de um empreendimento.
Como o crédito é concedido aos mutuários, a construtora funciona como um elo de ligação entre a CEF e os mutuários.
Segundo Yoshiko Muto, gerente de mercado do escritório de negócios da CEF-SP, para liberar o financiamento a Caixa analisa toda a documentação da construtora.
Se a documentação for aprovada, a construtora recebe uma carta de garantia de financiamento, válida por 120 dias. A empresa recebe também um comunicado para que apresente as pessoas interessadas no empreendimento.
A concessão de financiamento é feita diretamente à pessoa física.
Se no período de 120 dias a empresa não tiver no mínimo 50% dos possíveis compradores, o prazo é estendido por mais 90 dias.
Quando os mutuários têm seu cadastro aprovado, a CEF passa a liberar o crédito às pessoas, gradativamente, de acordo com o andamento das obras.
Como garantia, a Caixa exige que a construtora apresente a contratação de um seguro que cubra danos em caso de não conclusão da obra.
O financiamento tem prazo de até 15 anos, com taxa de juros de 12% ao ano mais variação da TR (Taxa Referencial).
As pessoas físicas são avaliadas como na maioria dos financiamentos bancários, com exigência de documentos pessoais e comprovação de renda.
Baixa renda
Programa similar é realizado pela CEF para pessoas com renda de até 12 salários mínimos. Nesse caso, os projetos são apresentados por sindicatos, cooperativas, associações ou mesmo construtoras.
Segundo Yochiko, essa linha de crédito, que utiliza os recursos do FGTS (Fundo de Garantia por Tempo de Serviço), está temporariamente fechada, porque o banco está atendendo inscrições realizadas em junho de 97.
Nesse programa, a CEF só financia quando o empreendimento possui 100% dos compradores.



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