da Redação

Visitar a feira de artes e artesanato do Embu, distante 28 km da capital paulista, é entrar um pouco na história dessa pequena cidade, que ficou conhecida na década de 60 como reduto de artistas.
A exposição -que no início era apenas uma forma que os artistas plásticos da região encontraram para mostrar seus trabalhos- ganhou vários segmentos e se profissionalizou.
Os panos no chão, em frente à igreja matriz, cederam espaço às barracas. Atualmente, a mostra conta com 940 expositores, divididos entre as feiras de artes e artesanato, a de comidas típicas e a do verde.
Além disso, os ateliês e lojas de objetos de decoração abrem suas portas nesses dias, tornando o passeio duplamente produtivo.
É possível, por exemplo, comprar móveis de madeira e palha por preços bem mais acessíveis. Uma mesa rústica pequena com gaveta chega a custar na feira entre R$ 35 e R$ 50.
Há também objetos mais exóticos, como o banco de jardim, da Ettore & Nanda, em formato de jacaré, que custa entre R$ 130 e R$ 450, dependendo do tamanho.

História
A chegada do artista plástico Cassio da Rocha Mattos a Embu, em 1920, foi um dos primeiros passos para o surgimento, anos mais tarde, da feira do Embu.
Em 58, com a chegada do artista mineiro Assis Dias, que hoje é chamado de Assis do Embu, começou a surgir um movimento artístico mais intenso na região.
A casa-ateliê do artista, batizada de barracão do Assis, passou a abrigar vários visitantes. Com a grande produção de peças, Assis e os demais artistas sentiram necessidade de realizar festas para expor seus trabalhos.
Ele conta que elas chamaram tanta atenção que eles resolveram ir para a praça. "Além do mais, o barracão chegou a abrigar mais de 50 pessoas", afirma Assis do Embu, que hoje, aos 67 anos, ainda mantém o barracão funcionando.
Foi assim, informalmente, que começou, em 31 de janeiro de 69, a feira do Embu das Artes.



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